Quinze dias de Bimby

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

“Varoma”, uma das palavras indelevelmente associadas à Bimby

Com mais uma criança em casa, estava na hora de voltar a martirizar-me com a minha mais antiga e teimosa preocupação de adulto: o que é que eu faço para o jantar?

É um assunto recorrente e não me espantaria que já o tivesse mencionado neste blog; a comida cá por casa é um caos, o frigorífico e a despensa (nota: despensa é onde se guardam os alimentos, dispensa é o acto de dispensar), podem estar cheios, mas não há nada para comer.

Estranho? Talvez não tanto.

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Mas o problema não é só esse, porque esse resolvia-se com umas estaladas, o problema é que a Dee não gosta de cozinhar, mas com os horários das coisas, acaba por ser ela a ter que ter o jantar pronto para o miúdo, que mais tarde passará a plural – miúdos.

Os conselhos que me dão por aí são sempre os mesmos: faz grande quantidade e congela; já faço, não é suficiente, não é solução; faz isto e aquilo que é simples e rápido; não, não é simples e rápido, é chato para quem não gosta de estar na cozinha.

Resumindo e concluindo, esta conversa vem sempre dar ao mesmo e esse mesmo tem um nome e esse nome é Bimby.

Sempre me opus à ideia de ter uma Bimby porque simplesmente é muito cara. Mas a verdade é que sempre que falo deste assunto das refeições do dia a dia (não confundir com passar umas horas na cozinha a fazer algo especial no fim de semana), vem sempre alguém falar-me da Bimby. E no meio das pessoas que têm Bimbies, ainda não conheci ninguém que não goste da sua.

Há quem defenda – com potencial razão – que, depois de gastar mil euros numa máquina, ninguém vai dizer mal dela. Mas não deixo de estranhar o entusiasmo com que os donos de Bimbies defendem a sua.

Confesso que a demonstração em casa (única forma de comprar uma Bimby), também não me agradava muito – eu gosto de poder experimentar as coisas por mim, mas estar a dar mil euros por aquilo “só para experimentar”, é inviável.

Foi então que decidi lançar o apelo no FB: Quem me empresta uma Bimby?

Depois de receber uns comentários que indicavam que emprestar a Bimby era quase como emprestar a mulher, recebi, pelo menos, três ofertas de empréstimo. Hoje, graças à insubstituível Maria, voltei para casa com uma Bimby emprestada durante duas semanas em que ela vai estar de férias.

É uma grande responsabilidade, ter a Bimby de outra pessoa cá em casa, mas é também uma grande responsabilidade para a Bimby estar nas minhas mãos. Já passei os olhos pelos livros de receitas e confesso que fiquei imediatamente surpreendido com a variedade de pratos que lá figuram – a minha impressão era que aquilo dava para fazer pouco mais do que purés.

Também percebi que de facto, as receitas são muito simples, normalmente envolvendo dois ou três passos de carregar ingredientes na máquina, carregar nuns botões e voltar quando apitar.

Resta saber se a comida é boa e se é de facto prático usar a Bimby no dia a dia, deixando o fogão e as panelas para ocasiões especiais. O teste começa agora.

Bimby… you’re ON!

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14 comentários a “Quinze dias de Bimby”

  1. Ainda bem que conseguiste arranjar uma Bimby emprestada. Acho que é o melhor para perceberes se te vai fazer falta ou não. Mas acho que estares a usá-la sem teres tido a demonstração, vai ser complicado. Podes inclusivamente ficar com má impressão da bicha por não perceberes alguns detalhes.

    Há coisas que eu acho que não são explicadas no livro de intruções e que são pequenos truques que são explicados na demonstração. Como, por exemplo, quando se faz o molho bechamel (ou outra coisa que suje imenso a bimby) pode-se depois enchê-la de água, ligar na velocidade máxima durante uns segundos, “et voilá”, ela fica praticamente lavada (ou pelo menos sem resíduos e assim muito mais fácil de lavar).

    Mas, lá está, se precisares de ajuda/esclarecimentos podes sempre contar com os outros bimbólicos :)

    Já agora, se achares que as receitas dos livros não são suficientes, podes sempre explorar receitas aqui: http://forumbimby.com/

  2. Rui Moura says:

    Product placement genial, tu a falar da bimby e o ad ali ao lado a espetar uma “MasterChef” a quem visita o blog (parece ser uma concorrente).

  3. Por acaso nunca experimentei, nem conheço ninguém que tenha essa MasterChef, mas se calhar é uma alternativa viável.

  4. Já tive uma demonstração aqui em casa há algum tempo, mas resisti. Eu gosto de cozinhar e desenrasco-me sem grandes problemas.

    Achei que tinha utilidade mas não que valesse 1000 euros. Além disso, sentir-me-ia mais confortável se a fosse comprar a uma loja, e não fosse preciso juntar-me a uma irmandade para a comprar.

    Para quem não gosta de cozinhar ou não o sabe fazer, acho que é uma excelente plataforma. Homogénea, consistente, ao contrário de um fogão, tachos e fornos cujas características variam muito. Um livro de receitas para a bimby é muito mais objectivo.

    A muita gente que tem uma falta o sentido crítico: p fazer caipirinhas bastava usá-la para triturar o gelo que o resto faz-se bem à mão, mas não, a receita no Livro diz para fazer tudo na bimby, o que é óptimo para passar um bom bocado a cuspir pedaços de casca de lima… ;)

    O post no meu blog sobre a bimby continua ser o campeão de comentários, tudo de gente desinteressada.. Já tem algum tempo, mas continuam a cair comentários.. ;)

    http://luminescente.com/2008/08/bimby/#comments

    • Não podia estar mais de acordo com a tua conclusão (no blog), avisem quando ela for ao frigorífico buscar os ingredientes. :-)

      Por isso mesmo não quis fazer a demo e preferi ver se alguma alma caridosa me emprestava uma para eu testar mais extensivamente.

      Eu também sei cozinhar e também me desenrasco bem, mas a minha mulher não – ela até cozinha, mas não gosta – e ela acaba por ser a maior responsável por refeições cá em casa, já que eu chego muitas vezes tarde demais para fazer a comida para os miúdos.

      Enfim, confesso que estou a gozar o processo geek de testar um gadget :-)

  5. Wonderm00n says:

    A frase chave deste post é “depois de gastar mil euros numa máquina, ninguém vai dizer mal dela” ;-)

  6. chichas says:

    Descobri o flavorwave a ver o tvshop na sic, o site é: http://shop.flavorwave.nl fiquei curioso e vim ver foruns na net. Parece-me bastante jeitoso e custa 100 (analogico) ou 120 (digital). Vendem no corte ingles e sinto-me tentado

  7. joaquim guerra says:

    OLá. Queria saber como foi a experiência. Preciso que alguém me empreste uma também. Só com a demonstração não fiquei muito convencido.

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