Mais um bocadinho

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Hoje passei na casa, nota-se que os dias estão a ficar mais curtos porque eram oito horas e já não havia luz para fotos ou vídeos.

Mas reparei que a marquise está acabada. O que faltava tapar, está tapado com acrílico (o triângulo lá em cima, à direita), e as frinchas estão todas tapadas com cimento ou silicone.

Agosto termina hoje, entramos naquele que é o mês previsto inicialmente para o terminus das obras. As coisas vão começar a ficar interessantes…

PS: também já temos intercomunicador.

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Ragù Bolognese

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Ragù Bolognese é o nome que os italianos dão ao molho de carne “à bolonhesa”; Ragù vem do francês ragoût e significa algo que é cozinhado lentamente em lume brando.

Há muitos anos que ando a fazer bolognese, seja para comer com massa, seja para fazer lasagna e já experimentei das mais diversas maneiras, com e sem este ou aquele ingrediente, com mais pressa ou mais vagar e com resultados sempre diferentes.

Mas existe uma receita tradicional, registada na Câmara de Comércio de Bologna, que é o que se pode considerar definitiva. É muito simples de fazer, mas requer muito tempo—quanto mais tempo o ragù cozinhar, melhor.

A verdadeira bolognese não nasce de um refogado e também não leva muito tomate, nem alho, nem salsa.

Se quiserem ler a receita original, a tal registada na Câmara de Comércio de Bologna, podem dirigir-se aqui, embora convenha saberem italiano ou terem o Google Translate à mão, caso contrário, deixem-se ficar, aqui vai a minha adaptação que é muito parecida com o original:

  • 250 g de bacon/toucinho às tiras
  • 1 kg de carne de vaca picada
  • 125 g de cenoura
  • 125 g de aipo
  • 125 g de cebola
  • 400 g de tomate pelado
  • 375 ml de vinho branco (ou tinto)
  • 500 ml de leite
  • 250 ml de água
  • sal
  • pimenta preta

Cá por casa, bacon é comigo, mas a Dee não é apreciadora de porco e também para fugir à gordura extra, salto o primeiro passo e uso azeite; mas para um resultado verdadeiramente sensacional há que usar o bacon.

Numa frigideira de dimensões generosas (24 cm no mínimo), deita-se o bacon e cozinha-se uns bons 20 minutos em lume médio para que largue o máximo de gordura, é aqui que vamos cozinhar a carne.

Junta-se a carne picada, salga-se e vai-se mexendo até ficar toda castanha e bem solta com pouco líquido. Para cada kilo de carne, cerca de 20 a 30 minutos em lume médio-alto.

Depois, ainda na frigideira, juntam-se as cenouras, cebola e aipo picados (dois ou três toques com uma picadora é o ideal). O aipo é muito importante neste prato, é o que dá perfume e um sabor “fresco” à carne, não sei se me faço entender. Não aconselho a que saltem o aipo e o dito não é propriamente substituível por nada que eu conheça; infelizmente é também difícil à brava de encontrar em supermercados cá, não sei bem porquê.

Com os vegetais junta-se também o vinho e deixa-se apurar até o álcool evaporar todo, cerca de 15 minutos.

A seguir, hora de passar para a panela. Junta-se o tomate pelado e a água, tapa-se e coze-se em lume brando 1 a 4 horas. Sim… 4 horas.

Ninguém tem tempo nem paciência para cozer nada durante 4 horas, mas quanto mais tempo cozer, melhor.

Ao longo do tempo de cozedura, vai-se deitando o leite em pequenas doses e mexendo bem para misturar. Vai-se também provando e ajustando o sal e a pimenta preta. É ainda possível adicionar, no final, natas e envolver, mas mais uma vez, coisa que eu opto por não fazer.

Como as quantidades aqui expressas não incluem nada que altere particularmente o paladar, pode ajustar-se facilmente multiplicando ou dividindo os valores, é apenas importante verificar que os líquidos são suficientes para cozinhar a carne.

Eu costumo fazer com 1 kg de carne, mas pretendo arranjar uma panela maior para passar a fazer o dobro da quantidade. No fim, a carne fica solta e leve, os vegetais passam o seu sabor sem se sobreporem e o tomate dá cor, mas sendo em pouca quantidade, não torna o molho demasiado ácido.

Escusado será dizer que este molho pode ser servido com massas diversas—ao que parece, para os italianos, servir com esparguete é quase sacrilégio—ou pode ser usado para rechear cannelloni ou lasagna.

Enjoy.

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Novas fotos

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Depois de um período razoavelmente longo sem tirar fotos da casa nova, fomos ontem até lá fotografar todas as divisões. A ideia que tinha é que, com acabamentos de pormenor a decorrer, não se veriam grandes diferenças, mas apesar de tudo entre a dose anterior e este novo conjunto de fotos de cada divisão podem ver-se muitas diferenças.

As mais marcantes são as das casas de banho que estão praticamente prontas, mas nos quartos pode ver-se que a zona das janelas está a ficar bestial com tudo branquinho, dos mármores às tampas dos estores; nota-se também que os rodapés passaram de pedaços de MDF mal pintados a tiras perfeitamente brancas. Na sala, a parede da porta de entrada foi finalmente arranjada e tanto aí como no hall, as portas principais também estão pintadas de branco.

Até reparámos nos rodapés cerâmicos montados no terraço e que eu, apesar de andar a ir à casa diariamente, ainda não tinha visto.

As coisas andaram muito mais devagar durante o mês de Agosto, é verdade, mas nunca chegaram a parar completamente. Espero que agora que começa Setembro, se avance para a finalização da obra.

Até lá, vejam as fotos no Flickr e aqui fica uma das minhas preferidas, não pela imagem do apartamento, mas pelo detalhe do Tiago:

Sala, dia 76

A actividade favorita do Tiago na casa nova é correr, como é evidente. Espero que continue a divertir-se lá depois de haver móveis.

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Jantar sem Bimby

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Estive quase para pegar na Bimby e fazer, para o jantar, uma receita que costumo fazer com tachos e panelas, mas depois de uns 10 minutos a puxar pela cabeça, sinceramente, não consegui descortinar qual a vantagem de usar a Bimby para o Macarrão Big Chef.

Depois fiz um esforço maior, pensei mais e lembrei-me que no fim, seria obrigado a andar a tirar bocados de ingredientes debaixo das lâminas da máquina e conclui que fazer o jantar na minha velha panela com mais de 12 anos era mesmo mais prático.

E já agora, deixo-vos com a receita, claro.

Há muitos anos atrás, o meu amigo Rui Batista, companheiro de cantoria nas dantescas aulas de Geometria Descritiva da ESBAL, ensinou-me este simples, mas delicioso prato que ainda por cima é flexível e permite adicionar ingredientes e alterar a receita conforme o apetite da malta.

Macarrão Big Chef:

  • 250 g de macarrão riscado (ou outra massa qualquer)
  • 1 embalagem de cubos de fiambre
  • 1 embalagem de queijo ralado (mozzarella, por exemplo)
  • 1 ou 2 dentes de alho
  • manteiga qb
  • cogumelos (a gosto, eu uso um saco inteiro, congelados)
  • ketchup
  • mostarda
  • óregãos
  • 1 pacote de natas (eu uso de soja, but whatevs)

Derrete-se a manteiga num tacho, atira-se o alho lá para dentro até deitar aquele cheirinho bom e depois juntam-se os cogumelos para saltear.

Põe-se água salgada ao lume à qual se junta a massa para cozer conforme as instruções da embalagem.

Quando os cogumelos estiverem passadinhos (velocidade olhómetro, temperatura qualquer), juntam-se os cubinhos de fiambre que sobrarem depois do puto ter estado a rapinar a embalagem.

Adiciona-se 1 colher de sopa de mostarda e 2 de ketchup ou mais ou menos de cada ingrediente, conforme preferirem. Mistura-se, velocidade colher de pau à mão ou de plástico, se preferirem. Juntam-se óregãos e deixa-se apurar 1 minuto ou 2 – deve começar a cheirar bem.

Juntam-se as natas, mistura-se tudo bem e deixa-se engrossar a gosto.

No fim, se estiver tudo sincronizadinho, a massa deve estar pronta na altura em que o resto já está porreirinho. Escorre-se a massa e junta-se-lhe o queijo na panela onde cozeu. Tapa-se uns 2 ou 3 minutos para o dito derreter.

No fim, deita-se tudo para dentro do molho e mistura-se bem.

Convém ir mantendo os putos à distância durante o processo porque eles vão querer devorar esta treta mesmo antes de estar pronta. Fica BOM.

Dá para misturar bacon, azeitonas, cubinhos de cenoura, tomate, etc, etc… é muito fácil adaptar esta receita.

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Em tudo o que toca…

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Aproximava-se violenta e descontroladamente a data da inspecção periódica obrigatória do meu veículo automóvel e eu, como sempre, sem vontade nenhuma de tratar do assunto.

Em conversas por aí, ouvi falar bem da Midas e, havendo uma que até me fica em caminho para a estação, decidi experimentar.

Uma oficina não é um local para o comum mortal. A maioria das pessoas divide-se nas que não percebem um boi de mecânia, as que também não percebem, mas fazem de conta e as que sabem alguma coisa e sabem falar a linguagem dos mecânicos.

Eu não percebo nada de mecânica. Tenho vindo a aprender algumas coisas ao longo dos tempos e continuo maravilhado com alguns dos gajos que conheço que dizem sempre coisas muito peremptórias e finais: isso é claramente o joelho do braço da suspensão traseira que tem uma folga na bucha de dilatação. E depois, claro, não é nada, era só falta de óleo na dobradiça da porta do pendura.

Mas homens a diagnosticar carros com sintomas mínimos do tipo “oiço um nhec quando viro à direita para o Centro Sul”, são quase tantos quantas velhinhas a diagnosticar as doenças umas das outras por meras dores “que começam aqui em cima e descem por aqui até pararem na parte de baixo da porção superior da anca”.

Eu cá, prefiro levar o carro à oficina e pronto, pelo menos lá, os gajos que mandam bitaites cobram-me dinheiro no fim, tornando tudo muito mais oficial.

Para sublinhar a impressão que “se não percebes de carros não és homem”, as oficinas costumam ser lugares pouco acolhedores, em que ninguém te dirige a palavra e olham para ti com o desprezo de quem pensa, “este gajo não percebe nada de centralinas”.

Na Midas não foi assim. É uma oficina muito orientada ao serviço ao cliente e o mecânico que por lá estava, encarregue daquilo, dirigiu-se logo a mim, cumprimentou-me, perguntou-me o que se passava.

Não me fez perguntas crípticas sobre suspensões e  transmissões, mas, como um médico, tentou que eu lhe explicasse por palavras de leigo o que se passava com o carro.

OK, não se passava nada de especial, queria uma revisão rápida e ida à IPO, mas, já agora, tenho-o sentido nervoso quando travo. Sei lá se são os amortecedores ou uma depressão ao nível da cambota; mas lá que o gajo abana o cú quando lhe piso o travão, abana.

Ao fim do dia, tinha o carro revisto e inspeccionado e o problema de nervos descortinado: um pneu todo escafiado.

Saí de lá com a garantia de que o meu Mercedezinho, 206 mil km e 17 anos (faz agora dia 4), está impecável; passou nas inspecção sem problemas e ainda veio com dois pneus novos na traseira e agora parece que está de pantufas.

O Sr. Aníbal, da Midas de Almada, foi prestável, simpático e informativo, além de me dar a impressão de ser alguém que efectivamente sabe do que fala. Explicou-me o que se passava com o carro, telefonou-me a reportar o problema e a dar o orçamento para a reparação; telefonou-me novamente a informar que o carro estava pronto.

Acho que há mercado para um serviço de manutenção automóvel mais user friendly, em que um tipo não tem que largar metade do ordenado, como nas oficinas das marcas, nem ter um curso avançado de mecânica automóvel e uma apreciação refinada por calendários de gajas nuas, como nas oficinas de bairro.

Eu gostei do serviço da Midas e planeio lá voltar.

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Hoje passei na casa, nota-se que os dias estão a ficar mais curtos porque eram oito horas e já não havia luz para fotos ou vídeos. Mas reparei que a marquise está acabada. O que faltava tapar, está tapado com acrílico (o triângulo lá em cima, à direita), e as frinchas estão todas tapadas com […]

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Ragù Bolognese

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Ragù Bolognese é o nome que os italianos dão ao molho de carne “à bolonhesa”; Ragù vem do francês ragoût e significa algo que é cozinhado lentamente em lume brando. Há muitos anos que ando a fazer bolognese, seja para comer com massa, seja para fazer lasagna e já experimentei das mais diversas maneiras, com […]

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Novas fotos

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Jantar sem Bimby

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