Saga – o Fim?

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Estou desconfiado.

Estou desconfiado porque isto correu tudo bem demais.

Avisaram-me que a parede nunca ficaria direita outra vez, mas ficou impecável, lisinha e pintadinha de novo.

Achei que o trabalho ia ficar um trampa, com pedaços de tubo novos e outros velhos, mas afinal os tubos foram todos substituídos, de cima abaixo, no prédio inteiro.

Pensei que isto ia demorar meses e afinal ficou pronto em pouco mais de duas semanas.

Bom, não está perfeito, porque o exaustor e o esquentador estão ligados num “Y” e se ligo ambos ao mesmo tempo com o primeiro no máximo, o segundo desliga-se.

But who the fuck cares. Eu não uso as duas coisas ao mesmo tempo nunca e só se vier cá uma inspecção é que me vão forçar a fazer esse teste. Portanto num cenário de utilização normal, tudo funciona lindamente.

Mas eu estou desconfiado… é que sabem como é… esta coisa do fim das sagas deixa sempre uma pontinha solta no fim… para uma sequela.

PS: como já percebi, pelos comentários, que há gente preocupada – não se preocupem que o problema será resolvido, quando eu digo “num cenário de utilização normal, tudo funciona lindamente”, quero dizer: até o problema ficar resolvido. Está melhor assim?

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9 comentários a “Saga – o Fim?”

  1. Observador says:

    É por essas e por outras que continuamos como estamos.

    Então é aceitável deixar uma ilegalidade dessas. Isto obviamente para além do perigo que representa.
    Sabe que após essa intervenção é OBRIGADO a requerer uma inspecção à rede de gás?
    Sabe que vai chumbar?
    Sabe que pode ser criminalmente responsabilizado?

    • Continuamos como estamos? Não, estamos muito melhor, já que até esta obra, a maioria dos gases dos esquentadores do prédio inteiro não tinham qualquer saída. Tem a mínima noção de que não faz ideia do que está a falar? Viu em que estado estavam as chaminés do prédio antes de serem reconstruidas? Compreende que os inspectores de gás são uns aldrabões que chumbam todas as instalações, muitas delas por pintelhices, só para poderem cobrar mais uma a seguir? Tem a noção que o problema que tenho agora é uma absoluta ninharia comparado com o que se passava há uns meses atrás? Tem a noção que se trata de uma questão de afinação de fluxo de ar e nada mais? Sabes quantas pessoas são obrigadas a requerer uma inspecção de gás e nunca o fizeram? E têm esquentadores na casa de banho e em varandas sem tiragem?

      E, já agora… que perigo representa?

      Para alguém com o nickname “observador” parece-me que salta rapidamente para a caixa de comentários para mandar postas de pescada em vez de efectivamente observar.

  2. Observador says:

    Primeiro. Deixe de olhar para o umbigo.
    Continuamos como estamos neste terceiro mundismo.
    Sim, SEI do que falo.
    Não tome a arvore pela floresta. Sei que existem bons e maus inspectores (como em todas as profissões). Mas também sei que existem “maus” consumidores. Que não fazem valer os seus direitos. Se um inspector proceder erradamente deve (tem) de responder pelos seus actos. Sabe que existem critérios para aprovação/reprovação das instalações? Que existem vários patamares de não conformidades?
    Concluo é que você não tem a mínima noção do que está em causa. Caso contrário não escrevia “Tem a noção que o problema que tenho agora é uma absoluta ninharia comparado com o que se passava há uns meses atrás? Tem a noção que se trata de uma questão de afinação de fluxo de ar e nada mais?” <– Não, não é uma questão de "fluxo de ar".
    Também não faça perguntas às quais não sabe a resposta "Sabes quantas pessoas são obrigadas a requerer uma inspecção de gás e nunca o fizeram? E têm esquentadores na casa de banho e em varandas sem tiragem?"
    Já agora, qual o problema de ter esquentadores em varandas? Desde que sejam para tal. É que (certamente) não sabe que existem esquentadores para ser montados na "varanda".
    Sabe que quem lhe fez essas "obras" tem de ter habilitação para tal (mecânico de aparelhos de gás) e que no final tem de lhe passar um termo de responsabilidade?
    Certamente que não sabia e que não lhe entregaram nenhum.
    Se calhar o peixe é outro e não serei eu certamente a mandar "postas de pescada".

    • Caro Observador, não estou a olhar para o umbigo, mas estava a generalizar uma situação que para mim não faz sentido e se acha que estamos no terceiro mundo então aconselho-lhe a ir viver uns tempos na Somália. Detesto pessoas que insistem que o nosso país não presta e não evolui. É mentira, Portugal está cada vez melhor e está *muito* longe de ser um país de terceiro mundo.

      Em segundo lugar, falei em postas de pescada, porque certamente não sabe o que se passa em minha casa e veio acusar-me de ilegalidades e ameaçar-me com eventual responsabilidade criminal por causa de um um curto comentário num post de um blog. Sabe o que efectivamente se passa em minha casa? Faz ideia se requeri ou não inspecção de gás? Tem alguma ideia sobre o que estou ou não estou a fazer para resolver o problema?

      Parece-me que não e é por isso que me surpreende que entre aqui a acusar-me disto e daquilo.

      Quanto às perguntas das quais não sei a resposta, posso-lhe dizer que tenho uma boa amostra no meu prédio onde muitos dos condóminos vivem há mais de 40 anos sem sequer saberem o que é uma inspecção de gás. E quanto aos esquentadores em varandas eu mencionaei “sem tiragem” e não falo de esquentadores próprios ou impróprios… eu sei do que falo, quando sei que falo de vizinhos meus que IMPROVISARAM a montagem dos seus esquentadores nos sítios mais incríveis da casa.

      E sabe quem me fez a obra? Sabe se tem qualificações? Sabe se me passou certificado? Não sabe.

      Portanto se não sabe você do que fala, não me venha a mim dizer que não sei. A menos, claro, que viva no meu prédio e nesse caso convido-o para um café e uma amena cavaqueira sobre sei lá.. futebol, ou política.

  3. Observador says:

    Leia efectivamente foi escrito e não como lhe era “conveniente” ler.

    Este tipo de “reacção” e resposta é bem elucidativo.

    Vitimização. “Mas os outros…..”

    Não trouxe nenhum dado novo nem confirmou ou desmentiu aspectos que apontei como muito prováveis.
    Não são os esquentadores que têm (ou deixam de ter) tiragem. São os gases resultantes da combustão.
    Os aparelhos destinados a serem instalados “na varanda” não sofrem dessa maleita. Ou outros também não. Podem sofrer de outras coisas. De falta de tiragem não será seguramente.

    Quando falo de “terceiro mundismo” só me vem dar mais razão com a sua resposta.
    Por os seus vizinhos fazerem “asneira”, você fica legitimado para também fazer? Mesmo que na SUA opinião seja uma “asneira” menor?
    São este tipo de mentalidades que não permitem subirmos um pouco na escala.

    Concordo consigo quando diz que “Portugal está cada vez melhor”. Tenho de concordar, já foi pior. Mas ainda falta tanto por melhorar…….
    E infelizmente em alguns aspectos perece andar para trás .
    :\

    • Você vem aqui e acusa-me e acha que lhe devo explicações? Não trouxe dados, não confirmei nem desmenti porque não lhe devo nada disso.

      E bem provei que a única coisa que quer é vir aqui armar discussão. Eu escrevi um post que vem numa longa série em que passei de viver num prédio com problemas gravíssimos e que está agora muito melhor. Daí a minha comparação – está muito melhor do que estava. Para quem sabe o que se tem passado, é o que interessa.

      Você é um provocador, como já vi muitos. Diga eu o que disser, vai sempre voltar aqui e criticar e virar tudo o que eu disse para soar conforme lhe der mais jeito.

      A conversa de que não são os esquentadores que têm tiragem e a insistência nos esquentadores especiais para serem inspalados “na varanda” (já percebi que tem que ser entre aspas), mostram bem que tipo de comentador é. O que eu lhe disse foi que um dos meus vizinhos, pegou no esquentador, montou-o ele na varanda sem tubagens e limitava-se a abrir a janela quando o usava.

      Qualquer pessoa entende isso, mas você, mesmo tendo certamente entendido isso e porque se calhar é especialista em esquentadores vem para aqui dar a volta à conversa sempre a falar em esquentadores especiais como se o assunto sequer fosse esse.

      Portanto, se lhe apraz chatear-me, esteja à vontade, mas não se preocupe que a minha instalação de gás está em perfeitas condições, obrigado.

    • Gus says:

      Observador, és um pouco maligno, não?
      Entras por casa de outro a dentro, sem convite, a insultar e distorcer tudo o que é dito?
      Não estás à espera que, com essa atitude agressive e desprezível sejas tratado com algo mais que .. desprezo ?
      Se realmente estás interessado numa discussão sobre este assunto, tento na lingua e respeito pelo intervenientes não são opcionais.
      Ou como a minha mui-respeitada avózinha me dizia: cresce e aparece.

  4. Paulo says:

    Pedro,

    Daqui escreve um dos aldrabões que anda por este país fora, a extorquir dinheiro às pessoas que têm o azar de ter gás canalizado.

    Apesar do Observador ter um modo algo bruto de abordar as coisas (que aliás já o vi/li algumas vezes em si próprio), ele até tem razão em algumas questões.

    Não vou discutir os pormenores da sua instalação, até porque já percebi que reconhece não ser uma solução correcta, e que identificou, e muito bem, o possível perigo que poderá existir na sua utilização.

    Contudo, e como o Observador salientou, a tipificação das não-conformidades assinaláveis numa inspecção está estabelecida em legislação própria, e não é de forma alguma arbitrária, nem é deixada ao belprazer do inspector. À excepção de uma única não-conformidade, que seria em princípio a que lhe iria inviabilizar o seu consumo de gás canalizado.

    Veja lá bem que, os malvados dos inspectores e as empresas para quem trabalham, decidiram que apesar de não ser legalmente exigido, o ensaio de medição da concentração de monóxido de carbono durante o funcionamento dos aparelhos a gás, deveria ser realizado em todas as inspecções! Decerto, para sacar mais algum dinheirinho aos consumidores, sem dúvida!

    Não lhe vou explicar o porquê desta decisão, porque para além saber que é uma pessoa culta, sei que o seu pai é médico.

    Para finalizar Pedro, permita-me que deixe só mais uma opinião, sem que entenda nela qualquer tipo de exigência. Tenho saudade dos tempos em que não tinha uma atitude tão truculenta nos seus escritos, nem com quem lê o seu blog. Está no seu direito, é verdade, mas tal como o amigo Gus refere, respeite para ser respeitado.

    • Caro Paulo, aldrabões há em todas as profissões. Eu sou designer e conheço muita gente que o diz ser e que depois não sabe o que faz, pouco percebe da profissão e só faz porcaria; pelo seu comentário deduzo que não cometeu o erro de generalizar os inspectores de gás que aldrabam para “todos” os inspectores de gás – só porque eu falei num exemplo.

      A minha questão é que o tal Observador entrou por aqui a dentro de pés para a frente, acusou-me de irresponsável e criminoso e mais: ligou a minha atitude ao atraso do próprio país, veja bem.

      Já conheci vários técnicos de gás infelizmente e digo infelizmente porque preferia não ter tido os problemas que tive e que me levaram a precisar dos seus serviços – e na generalidade são pessoas que conhecem a sua profissão e sabem o que fazem mas também sei de situações que, enfim, nem ao menino.

      Mas isso todos sabemos: há bons e maus advogados, médicos, canalizadores e, infelizmente, inspectores de gás.

      Agora deixe-me expor-lhe o seguinte: o meu vizinho de cima alugou a casa, mandou ligar o gás e, claro, fez a inspecção. Chumbou. Fez obras para reparar a situação e requereu nova inspecção e passou.

      Óptimo.

      Mas sabe que mais? O meu vizinho de cima, como tinha a tubagem da chaminé toda queimada – já que esta era de PVC – resolveu ligar o seu esquentador ao meu tubo. A inspecção em casa dele correu lindamente, mas quando ele tomava banho, os gases de saída do esquentador vinham para a minha cozinha.

      Como pode ver, uma inspecção não é tudo. Faz-se o que se pode, a legislação evolui, e bem, em termos de segurança, mas uma inspecção não é garantia absoluta, como se prova pelo que me aconteceu.

      Felizmente, eu dei com o problema e levei-o a reunião de condomínio e depois de muitos meses, o prédio foi aberto de cima abaixo e todas as velhas tubagens de pvc foram substituídas por metal, o telhado foi limpo, as chaminés levantadas para terem melhor tiragem.

      Compreende agora porque é que disse ao Observador que ele não sabe do que está a falar? É que durante meses o esquentador do vizinho deitou os seus gases para minha casa e, já agora, o meu para a dele. Durante meses tive o meu exaustor desligado porque era apenas mais uma passagem para os ditos gases.

      Mais: durante anos… não, anos não… *décadas* este prédio esteve assim. E as pessoas sabiam! Alguns vizinhos tinham tirado o esquentador da cozinha e colocado o dito numa casa de banho sem janelas, outros, na varanda – e não são esquentadores especiais, são os mesmos que estavam anteriormente na cozinha.

      Quando levei o assunto ao condomínio encolheram-me os ombros e disseram-me ah isso está assim há uns 30 anos. Não temos tiragem em muitos andares. A chaminé tinha uma máquina de extracção que avariou e está lá em cima no telhado a apodrecer.

      E o observador acusa-me de me vitimizar e de fazer mal justificando-me por os outros fazerem pior quando fui *eu* que descobri o problema, eu que o expus e eu que insisti para que fosse resolvido com a maior urgência. E veja lá que mesmo assim levou quase um ano!

      Compreende, agora, Paulo, o que se passou aqui? Compreende agora como o problema de o meu exaustor ocasionalmente apagar o meu esquentador e só quando está no máximo é de facto microscópico quando comparado com o que se passava até há pouco mais de um mês atrás?

      E digo-lhe mais: em lado nenhum eu disse que não ia resolver o problema; mas o observador partiu desse princípio. Em lado nenhum eu disse se o técnico que fez as obras era ou não qualificado, se me deu um termo de responsabilidade; mas o observador partiu do princípio que não. Nunca disse se pedi ou vou pedir inspecção. Nem sequer disse se a obra está totalmente acabada (e não está).

      Mais! Eu até disse que estou desconfiado. Desconfiado de que isto ainda não acabou, ainda não está perfeito. Mas está significativamente melhor? Isso está *de certeza absoluta*!

      Quanto à minha atitude truculenta, Paulo, creio que está bem visível o que a motivou. O seu comentário foi calmo, pacífico e esclarecedor e eu respondi de acordo… e veja: até lhe dei explicações mais aprofundadas do problema. O outro comentador, entrou a matar e quando eu não dei explicações, queixou-se, como se eu lhas devesse.

      E olhe o amigo Gus, não deixou o comentário para mim, era mesmo para o outro, eu respeito quem me respeita e isso não se passou com o Observador, mas felizmente, passou-se consigo.

      E como não gosto de deixar ninguém chateado com generalizações, peço desculpa se o insultei com a boca dos inspectores e já agora… não me quer dar um contacto da empresa onde trabalha? Sou bem capaz de voltar a precisar. :-)

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