Sexta-feira no Alentejo

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Há uns valentes anos (15?), que os meus sogros compraram e recuperaram uma casa alentejana no meio de lado nenhum. Digo isto, porque, como é óbvio, não vou dizer onde fica a casa. Mas é algures entre Grândola e Melides, num sítio porreiro, praticamente sem ninguém por perto, onde os meus sogros conseguiram fazer um jardinzinho relvado, com várias árvores de fruto, uma piscina e, claro, uma casa.

Depois da nossa ida ao Zoo com o Fernando, a Lena e o Miguel, fiquei com a ideia de que podiamos, respondendo aos inúmeros convites dos meus sogros para usufruirmos da casa, encontrar-nos lá e passar uma tarde porreira.

A ideia foi-se desenvolvendo e acabou por se concretizar na sexta-feira passada. Por azar, o Fernando e a família foram precisamente as únicas pessoas que não puderam estar presentes. A ironia tem destas coisas.

Partimos de Almada às 10:30 da manhã, meia hora mais tarde do que o previsto e cerca de meia-hora mais tarde, depois de termos dado a volta no Seixal, estavamos de volta para ir buscar as braçadeiras do Tiago que tinham ficado esquecidas.

Mal sabiamos ainda que as braçadeiras não iam servir para nada. Mas como prezamos a segurança do nosso filho, pareceu-nos importante.

Seguimos finalmente viagem às 11 e chegámos pouco depois do meio-dia. Os meus sogros estavam lá para receber toda a gente e dar uma ajuda à ambientação do pessoal, mas depois foram passear e acabaram por não ficar para o almoço.

O dito cujo constou de bifanas na braza, bem encharcadas em massa de pimentão, espetadas vegetarianas, duas grandiosas saladas, chouriço assado e uns bifes de vaca para quem não comia porco (a Dee, basicamente, mas eu também aproveitei).

Regou-se tudo com refrigerantes, cerveja e rosé e no fim comeu-se salada de frutas, gelados e um excelente bolo de limão e sementes de papoila.

Parte da comida foi levada por nós, parte foi trazida pelos outros quatro casais que responderam ao nosso convite e ajudaram a criar uma excelente tarde de Verão.

Além dos três cá de casa, apareceram a minha irmã e o Filipe, o Nelson e a Catarina, a Carla e o Jónatas e o Gustavo e a Xana.

O Tiago portou-se que nem um valente, resistindo, invencível, ao sono. Não adormeceu nem um minuto, apesar de passarem várias horas sobre o horário normal da sesta dele.

A tarde foi passada à volta (e dentro), da piscina; apanhou-se Sol, conversou-se e até se treinou umas posições de kungfu.

O Tiago não achou especial piada à piscina. Creio que demorámos demasiado tempo a apresentá-lo a quantidade tão grande de água (na praia brinca só em pocinhas na maré vazia), e ele não quis ser mergulhado para além das coxas.

Mas ainda esteve bastante tempo sentado comigo nos degraus, a chapinhar.

No final da tarde, voltaram os meus sogros que se juntaram ao pessoal para uns mergulhos e lanche, depois do qual, toda a gente foi debandando, uns para Norte, outros para Sul, passar o fim de semana. Na viagem de regresso, o Tiago lá dormiu, mas apenas durante uma parte do percurso; chegámos a casa, jantou e foi dormir, claro.

Foi um excelente dia. Apesar da viagem não ser particularmente curta, passa-se ali um bom bocado, especialmente com boa companhia.

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2 comentários a “Sexta-feira no Alentejo”

  1. Rui Moura says:

    Txii, 1 hora de viagem é longa, devias fazer as 7 horas que tenho pela frente para ir do algarve até casa :-)

  2. Onde é que eu disse que a viagem era longa? Só disse que não era particularmente curta :-)

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