Praia em Outubro

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Ontem decidimos ir até à praia, visto que, apesar de estarmos no Outono e no mês de Outubro, continuam 30 graus quase todos os dias. Apetece-me bater em todas as pessoas que dizem “ah, que porreiro, devia era estar assim o ano inteiro”, porque enfim… não custa nada aprender a apreciar a Natureza, seja o calor ou o frio, dias de Sol ou de chuva, o proverbial binómio tempestade/bonança; e não passar o tempo todo fascinado com a chapa-4: céu azul, calor tórrido, praia.

Mas como céu azul e calor é o que temos tido… fomos para a praia.

Não se esteve mal. Estava quente, mas não quente demais e não havia vento praticamente nenhum, o que, na Costa da Caparica, é um achado.

Estivemos cerca de duas horas e viemo-nos embora quando a temperatura começou a descer ao mesmo ritmo que o Sol e os pescadores da Costa começaram a conduzir os seus tractores pelo areal à velocidade máxima que as latas velhas conseguem debitar… o que, enfim, me parece desagradável.

Como odeio peixe, não tenho propriamente grande amor a pescadores, evidentemente.

Depois de uma paragem em casa fomos até ao Blockbuster alugar três filmes: The House of Flying Daggers, Danny the Dog e o Robots, que vimos nessa mesma noite. Mais um filme de animação hiper-detalhado e divertido q.b. para surf-de-sofá.

Por volta dads duas e meia da manhã fui para a cama, mas não consegui dormir, pelo que fui para o computador dizimar Nazis no Call of Duty, tendo voltado para a cama por volta das cinco, já um pouco zonzo.

Hoje acordei tarde e dorido e fui para a sala ver o House of Flying Daggers… ou melhor… um filme com um título em mandarim que não consigo reproduzir.

É uma história de amor trágico, com artes marciais pelo meio, como estes filmes “históricos” chineses dos últimos anos costumam ser. É, sem dúvida um filme visualmente bonito, mas continuo a preferir o Hero.

O fim da tarde foi passado no omni-presente Forum, onde fui cortar o cabelo e comprar a edição especial de dois discos versão do realizador extra especial platina super pro de um dos meus filmes preferidos: Donnie Darko.

Amanhã estreia finalmente o Serenity. Possivelmente um dos filmes de ficção-científica mais aguardado desde que os fans do género perceberam que o George Lucas estava decrépito e conclusão das aventuras dos personagens da série de TV Firefly. Claro que, por cá, em vez de passarem esta fantástica (se bem que cancelada), série, passam a treta do Babylon 5 e coisas piores, mas ok. Resta-me despedir-me com a saudação do momento:

Joss Whedon is my master now.

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Há dias melhores…

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

O dia não foi bom hoje.

Não acordei especialmente bem e as coisas começaram logo a deteriorar-se com o facto da Dee precisar de resolver um problema com a Segurança Social, como não podia deixar de ser.

Em vez de aceitarem a baixa para recuperação de internamento que pedimos (apenas um mês, de um salário que é – quase – o mínimo nacional), resolveram devolver uma carta com um formulário para preencher, pedindo mais uma carta do médico e o diabo-a-sete. Depois do que se passou e do que isso significa para nós, ter que aturar burocratas é a última coisa que nos apetece.

Seguiu-se um telefonema em que a funcionária da Segurança Social insistia que o pedido era uma baixa por aborto. Caso contrário seria uma licença de maternidade.

A segurança social desconhece, portanto, o conceito de nado morto e as diferenças que este apresenta em relação a um caso de aborto.

A piorar o caso, a Dee enganou-se a preencher o formulário que tinha que ir entregar e foi à segurança social tentar obter outro, tarefa que é impossível, visto que à uma da tarde estão lá pessoas que chegaram às nove da manhã.

Quando se aproximou do balcão para perguntar se para levar um reles formulário tinha que esperar a vez, a senhora perguntou-lhe se tinha um bebé.

É, pelos vistos, a única razão pela qual dão prioridade às pessoas… o que nem era o caso. Bastaria talvez, terem os formulários disponíveis em escaparates, para as pessoas se servirem e não terem que esperar seis horas para levar um papel de merda para casa. A Dee regressou sem papel nenhum como é evidente e a chorar desesperadamente.

Como é que podemos fazer coisas normais sem sofrermos? Culpamos as outras pessoas por nos magoarem sem saber? Culpamos o mundo por continuar a existir e todos os casais com as suas crianças por continuarem as suas vidas?

Já não estava nos meus melhores dias… o primeiro dia de umas curtas férias, na verdade… e a coisa não melhorou. Depois de comermos qualquer coisa e vermos um episódio do Sex and the City resolvemos ir ao Forum onde a Dee queria ver sapatos.

O dia não melhorou muito. Houve certas alturas em que tive a impressão de estar a ser perseguido por carrinhos de bebé, às dezenas, rolando pelos corredores do centro comercial com bebés cada vez mais pequenos lá dentro, com os seus olhares esbugalhados e dedos minúsculos metidos na boca.

Estou derrotado. Pensei que estava a vencer, mas era apenas uma ilusão criada pela necessidade de me comportar normalmente no escritório. Agora que estou em casa, começo a perceber que afinal, estou longe de estar em paz e de ultrapassar a falta que me faz o meu filho.

E não posso fazer nada.

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