Dias de raiva

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Há cerca de um ano que ando a tomar paroxetina e quando estava na sala de espera do HGO a tentar perceber que combóio me tinha passado por cima, decidi que era um idiota por andar a tomar um anti-depressivo.

Para quê? Para me ajudar a dormir? Para me acalmar e me fazer sentir mais contente? Que grande besta… como é que podia achar que tinha problemas ou razões para andar deprimido antes?

Achei que não fazia sentido nenhum andar a tomar comprimidos, já que, de repente, toda a noção que tinha de desorientação mental tinha sido violentamente re-definida.

Então comecei a fazer desmame da paroxetina, convencido que fazia sentido.

Nos últimos dias, com a redução já bastante radical da dose diária, tenho-me sentido cada vez pior. Confuso, desorientado, triste como o caraças e sobretudo com ataques de raiva quase incontroláveis.

Zango-me, irrito-me, a minha paciência é quase nula, sinto-me frustrado e segue-se um frenesim mais ou menos sonoro de redistribuição de objectos por via aérea.

Hoje ao fim do dia passei-me quase completamente. Se razão nenhuma, estava a discursar quase aos berros sobre tudo e nada, zangadíssimo com toda a gente. Senti-me na obrigação de pedir desculpa às pessoas pelo meu comportamento irracional e explicar que não me andava a sentir bem.

Se calhar, não é a melhor altura de parar com a medicação.

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Enfim Outono

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

O clima dos últimos dois ou três anos tem-se caracterizado pelo desaparecimento das estações intermédias. A Primavera e o Outono com o clima intermédio, a Primavera morna, em vez de quente, o Outono fresco em vez de frio, praticamente não se distinguiam do Verão e do Inverno.

Este ano, porém, parece que temos Outono: a temperatura desceu dos 30 para os 20, faz algum vento e tem chovido um bocadinho dia sim, dia não. É agradável poder sair à rua e sentir o ar fresco na cara, sem gelar. É bom poder andar de t-shirt e sentir o vento e a chuva, sem ter que amontoar casacos.

E é bom ver-me livre do calor do Verão e poder andar na rua à vontade sem ficar imediatamente encharcado em suor.

Continuando assim, o Outono poderá fazer o seu trabalho e dar lugar a um Inverno frio, como deve ser. E pode ser que finalmente eu consiga estrear os três casacos que comprei e nunca usei.

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Sonho

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Hoje sonhei com o Alexandre.

Estavamos em casa, com a família toda, para o ver. Ele tinha longos cabelos pretos, ondulados e olhos castanhos e eu estava ajoelhado ao lado da cama a falar com ele. Já não era um bebé recém-nascido, tinha sete ou oito meses, talvez.

Todas as pessoas falavam umas com as outras e comentavam o Alex e eu estava perto e quase senti o calor da pele dele.

Depois acordei e tive mais um dia idiota, numa série de dias idiotas que se prevê infinita.

[tags]Alex[/tags]

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Wake up Donnie

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Donnie Darko é, desde que o vi pela primeira vez, um dos meus filmes preferidos.

Há pouco tempo comprei a edição especial com o director’s cut e um disco adicional de extras. Revi o filme este fim de semana e confirmei a posição sólida que este ocupa no meu top 10.

O director’s cut tem mais 20 minutos que o original e não são apenas cenas supérfulas, pelo contrário: as cenas adicionais são, na sua maioria, passagens do livro de Roberta Sparrow “The Philosophy of Time Travel” e “endireitam” a história toda. O filme ganha ainda mais interesse com os parágrafos e ilustrações estranhas do livro da “grandma’ death”.

Um filme sobre inevitabilidade e viagens no tempo. Indispensável.

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Serenity now!

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Já há algum tempo que sou adepto de “Buffy, the vampire slayer”, uma série pateta sobre uma adolescente caçadora de vampiros e outros males, feita com doses equilibradas de brainless entertainment e humor geek. “Angel” foi um spinoff dessa série que não me pareceu muito interessante no início, mas que foi melhorando muito ao longo dos episódios. O episódio em que o personagem principal é transformado num Muppet é a suma daquilo que é faz do Joss Whedon um dos geek masters da actualidade.

Adeptos das duas séries, resolvemos encomendar, via web, uma terceira série do Whedon, chamada “Firefly”. Tratava-se de uma season de uma série de sci-fi com um twist simples: nada de aliens, nem civilizações estranhas, nem nada disso. Era, no fundo, um western espacial, sobre os colonos que saíram da Terra para um novo sistema solar.

A coisa tinha até uma guerra da Aliança contra os Casacos-castanhos independentistas, tudo muito cowboy, sem dúvida. Ao fim de um ou dois episódios estava viciado.

Mais uma vez, os personagens eram variados e divertidos, as histórias de cada episódio não eram excepcionalmente importantes, mas iam ajudando a desenvolver os personagens e, acima de tudo, nada daquilo se levava demasiado a sério, desde a prostituta que era a única que tinha um trabalho decente e dava bom nome à tripulação, até ao piloto da nave que brincava com dinosauros de plástico na sua consola, um capitão rabugento e um matulão com pavio curto, entre outros…

Como é óbvio, sendo uma série divertida e com grande adesão do público, o canal responsável pela produção, decidiu cancelá-la. Os dois últimos episódios nunca chegaram a ir para o ar e estão apenas disponíveis no DVD.

E tudo isto para dizer que estreou esta semana o “Serenity”, um filme do Joss Whedon que poderá de certa forma ser encarado assim como que uma season 2 do “Firefly” (“Serenity” é o nome da nave e “Firefly” é a classe da dita).

Dois personagens com um background pouco claro na série, Simon e River Tam, têm a sua história desenvolvida no filme… and then some.

É, mais uma vez, um filme divertido, que dá uns puxões de orelhas à ficção científica da TV/Cinema, que se leva demasiado a sério… e ainda dá umas liçõezinhas de física: no Firefly/Serenity, não há som no espaço, ao contrário de todos os filmes e séries de sci-fi que já vi até hoje.

O filme é mais violento e um nada mais dramático do que a série, nada que não seria de esperar, quando o público é mais vasto. Tudo isto e ainda não disse o essencial: é um filme bestial, especialmente aconselhado a geeks e ainda mais se já forem fans de coisas anteriores do Whedon.

Pessoas que levam o Star Trek a sério não vão gostar deste filme.

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Dias de raiva

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Há cerca de um ano que ando a tomar paroxetina e quando estava na sala de espera do HGO a tentar perceber que combóio me tinha passado por cima, decidi que era um idiota por andar a tomar um anti-depressivo. Para quê? Para me ajudar a dormir? Para me acalmar e me fazer sentir mais […]

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Sonho

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Wake up Donnie

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Serenity now!

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