Desacordo ortográfico

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

í ummas bí´uas semmanas que hando pâra escrevêr sí´bre o “nouvo” ací´rdo ourtográficoda lí­ngüa portuguêza, cí´mo dí­zem os pacótes de açí¹cár: oje é o dia!

Châma-se í  nóssa lingüa, a lingüa de Cí mões, mas noz não falâmos a lingüa de Cí mões: falâmos umma versão modificáda déssa mêsma lingüa. O Cí mões não escrevia “co”, em vêz de “com”; “üa”, em vêz de “uma” e “mui”, em vêz de “muito”?

Bí´m, í¨ verdáde que falâmos muito máis a lingüa de Cí mões do que a de, digâmos, Gil Vicente. Esse gájo sim, éra um ganda maluco.

Mas a lí­ngua parece ser mesmo assim: antigamente escrevia-se “Marquez” e agora escreve-se “Marquês”; mas ainda existem pessoas que aprenderam a escrever “Marquez” e se insurgem quando, na carruagem do metro, o sinal luminoso indica que a próxima estação é “Marquês de Pombal”.

Bom, verdade seja dita, o dito sinal não tem caracteres acentuados, pelo que a paragem é, efectivamente “Marques de Pombal”, o que é uma coisa completamente diferente de Marquês.

Mas porque muda a lí­ngua?

Não faço a mais pequena ideia, para ser sincero. Não sou linguista e não me apetece minimamente pesquisar o assunto. Mas português sou e portanto posso dar a minha opinião como se da verdade absoluta se tratasse e ignorar a História, Literatura e outras disciplinas que possam ou não ser chamadas ao assunto.

Portanto, eu acho que a nossa lí­ngua evoluiu, ao longo dos séculos, de Gil Vicente para Camões, para nós, com o objectivo de se afastar dessa escarreta que é o castelhano.

Com o passar do tempo, o Português foi-se refinando e ganhando complexidade e tornando-se diferente do espanhol; ganhou uma identidade e riquezas próprias e dificilmente igualáveis por qualquer outra lí­ngua humana.

A nossa lí­ngua é bestial: flexí­vel, cheia de sons diferentes que nos permite aprender outras lí­nguas com relativa facilidade.

Os espanhóis têm apenas cinco sons de vogal: á, é, í­, ó, ú. São as cinco vogais, todas acentuadas. Para um português se fazer entender em Badajoz, bástá qué acéntúé tódás lás vógalés qué dí­z e pronto: a espanholada entende.

Agora experimentem usar a nossa variedade de sons: mais nasalado, aberto, fechado, acentuado, arrastado: são três ou quatro sons para cada vogal, nas calmas. Esta variedade torna-nos flexí­veis, permite-nos aprender pronúncias e dá cor í  nossa lí­ngua.

Claro que o acordo ortográfico não tem nada a ver com a maneira como falamos, mas apenas com a maneira como escrevemos. No entanto o meu caso tem simplesmente a ver com isto: se andamos há séculos a fazer evoluir a nossa lí­ngua para que ganhe identidade própria e se afaste da raiz hispânica de onde nasceu… porque raio vamos agora adoptar um acordo que obriga a que o paí­s de origem  da lí­ngua se aproxime das suas ex-colónias?

Se, no nosso paí­s, escrevemos “acção”, porque é que vamos passar a escrever “ação”? Não deverí­amos preservar a identidade da lí­ngua, obrigando os restantes paí­ses de expressão portuguesa a melhorarem a sua grafia incorrecta?

Dizem que isto expandirá a lí­ngua, a tornará mais global. Não vejo como: as diferenças de pronúncia são vastamente superiores í s diferenças de grafia e não me parece que passar a escrever “ótimo”, adotar” ou “fação” ajude de forma alguma a nossa lí­ngua a ser mais respeitada no contexto internacional.

Assim como não vejo a necessidade de escrever “dossiê”, “lóbi” e “stresse”.

Como argumento final, resta-me aquilo que mais me diz: o lado visual. Visualmente, a nova grafia é um nojo; as palavras parecem incompletas, coxas, como se fossem cair para o lado a todo o momento. Além de que parece erradas e geram confusão com outras palavras.

Por exemplo, sou quase capaz de apostar que alguns de vocês, ao lerem “fação”, acima, pensaram que eu tinha escrito mal “façam”, mas não, apenas escrevi “facção” de acordo com as novas regras. Mas a verdade é que “fação” parece “façam”, mal escrito. E “receção”, parece “recessão” mal escrito e não “recepção” de acordo com as novas regras.

O acordo não traz vantagens, irrita uma montanha de portugueses, induz em erro e parece ser apenas uma modificação da nossa grafia, sem significativa (se alguma), evolução. Para que serve?

Bom, para começar deve dar um jeitaço para vender livros escolares totalmente re-escritos. Mas tirando isso, não serve para a ponta de um corno. E se não bastasse tudo isto, o acordo original, de 91, foi assinado pela maior incongruência governativa que o nosso paí­s já teve: Pedro Santana Lopes como Ministro da Cultura.

O Macacos sem galho declara-se assim, oficialmente, fora do acordo ortográfico da lí­ngua Portuguesa.

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32 comentários a “Desacordo ortográfico”

  1. Tou contigo, e com a minha avó, que nunca deixou de escrever pharmácia, mas…… temos um problema, nós os dois e mais uns quantos que eu conheço.

    Mais ano menos ano, o teu puto vai começar a ir í  escola, e vai aprender a ler e a escrever. Com que moral é que tu não adoptas o acordo ortográfico que regula o que ele está a aprender?

    Como é que lhe escreves qualquer coisa, em português do bom ou em português moderno? O que é que ele pensará quando ler este blog?

    Eu também sou pelo português do bom, e isto bem podia acontecer lá mais para o fim da minha vida, quando eu já não tivesse preocupações deste tipo (e de outros, como a comunicação do serviço em que trabalho), mas assim, a menos de meio da minha vida (sou uma optimista) é lixado.

  2. Hmmm, a minha verdadeira opinião sobre este assunto é politicamente incorrecta de mais para a partilhar.

    Sou completamente contra esta barbaridade, este atentado í  nossa identidade nacional. Isto, vindo duma pessoa com um sentido muito ambí­guo de patriotismo.

    Quando uma nação pretende destruir outra, uma das primeiras armas que utiliza é a agressão í  lí­ngua. Estamos em guerra com as nossas ex-colónias incultas?

    Que barbaridade!!!

  3. Patricia says:

    Pois eu também estou de fora.
    E mais: daqui a 60 anos serei, com orgulho, o equivalente í s velhinhas que hoje em dia ainda escrevem “pharmácia”.

  4. Macaco says:

    Pois, como é evidente, já me lembrei da questão do Tiago e da escola… eu já percebi que vou (vamos?), ser velho do Restelo.

    Eu também achava bizarro a minha bisavó escrever “Pêdro” e sempre escrevi “Pedro”. O Tiago, claro, terá que aprender como se ensina na escola, porque a escola tem muito pouco a ver com a vida e muito a ver com encaixar em padrões.

    Conformismo é o que é preciso para passar bem pela escola. Pensar não faz parte do sistema educativo. É mesmo assim que funciona.

    Talvez lhe consiga explicar este conceito, talvez não. Tenho cinco anos pela frente :-)

  5. Susana says:

    hehehe, mas alguns professores também estão contra o acordo. Outras estão a favor, porque sempre confundiram facto com fato e assim já não há margem para erros…
    Portanto… será quase uma batalha campal discutir este assunto.

    Em cada frequência que fiz depois da entrada em vigor desta COISA, no fim escrevi uma nota sobre o acordo ortográfico e o faCto não tencionar utilizá-lo.

  6. E aqui está mais um que se declara oficialmente fora desta “coisa”, como a Susana muito bem lhe chama.

    Pedro, mostraste aqui algo de que eu ainda não me tinha apercebido: a possibilidade de confundir umas palavras com outras.

    Mas isso traz também uma possí­vel explicação para isto: o filho de um ministro qualquer nunca aprendeu a escrever como deve ser e este acordo dá-lhe a oportunidade de passar mais despercebido… ;)

    De resto não sou capaz de descrever o nojo que isto me mete.

    Eu não tenho nada contra o povo Brasileiro (até posso enumerar algumas cidadãs de quem gosto particularmente ;)) mas uma coisa sempre me irritou: os Brasileiros dizerem que falam Português e ainda ficarem ofendidos quando se lhes explica que o que falam não é propriamente Português. Parece que de agora em diante eles vão passar a ter razão…

  7. sap says:

    pois que concordo plenamente! muito bem escrito… se a evolução do português tivesse ido nesse sentido, ora pois muito bem. agora assim, é de repente e drasticamente alterar algo que nunca deu problemas nem confusões – para se passar a pensar que as palavras estão mal escritas, etc.

  8. artur says:

    O acordo ortográfico é uma patetice e não tem nada a ver com “velhos do restelo”.
    “Pharmacia” passou a “farmácia” e o circunflexo de “Pêdro” caiu para simplificar a grafia da lí­ngua portuguesa.
    Agora, o actual acordo tem, apenas razões econí´micas (viu o circunflexo, cara? viu?).
    O EGIPTO Hí-DE SEMPRE TER O PíŠ ANTES DO TíŠ!

  9. Proposta radical.

    Um dos argumentos deste novo acordo, é que caiam as consoantes mudas, portanto, as que não se lêem, mas estão lá (na maior parte dos casos para abrir a vogal que as precede).

    E se desatarmos todos a dizer as consoantes mudas?

    :)
    Vamos dar voz í s consoantes mudas.

  10. Helena Rocha says:

    Olá Pedro! Às vezes dou uma olhada no teu blog e normalmente até concordo contigo. Deixa-me dar-te os parabéns pelo teu blog porque costumas apresentar observações bastante pertinentes. No entanto, não posso concordar com este teu post em relação ao acordo ortográfico. Na verdade percebo perfeitamente que não te agrade que agora, de um momento para o outro, assim, sem mais nem menos, tenhas de começar a escrever uma série de palavras de um modo diferente, que para qualquer pessoa deste tempo parecem um completo disparate. A mim também não me agrada, até porque interfere directamente na minha vida profissional, pois como professora de português vou realmente ter de as escrever correctamente e vou também ter de ensinar os outros a escreverem-nas. Agora, apesar de isso ser muito aborrecido (como é aborrecido para mim ter de aprender uma nova gramática, agora que já sabia tão bem a outra)faz parte da evolução natural da lí­ngua. A lí­ngua é um “organismo” vivo em premanente evolução e obedece ao princí­pio da economia. Como ferramenta essencial da comunicacão, a lí­ngua quer-se o mais eficiente possí­vel e, por isso, evolui, primeiro na oralidade, sempre, e, depois, na escrita. Ora, como deves calcular, uma lí­ngua escrita é mais fácil de assimilar quanto mais fonética for. Assim, se por acaso alguma vez aprendeste francês, deves ter reparado que é muito difí­cil saber como se escrevem as palavras porque nunca sabemos bem se é com um “l” ou dois, se leva acento ou se leva dois ou três e por aí­ fora. Os franceses, por exemplo, precisavam desesperadamente de um acordo ortográfico que varresse as teias de aranha de uma lí­ngua que é um pesadelo para aprender a escrever. Ora o português tem evoluí­do imenso ao longo dos séculos. Tendo evoluí­do primeiro do latim para o galego-português e depois para o português que não era de forma alguma aquele que escrevemos hoje. Falaste de Camões e de Gil Vicente, mas nem é preciso ir tão longe. Se leres textos do Fernando Pessoa no original, depressa verificas que ele ficaria horrorizado do mesmo modo que tu perante a selvajaria que é actualmente a nossa lí­ngua escrita.
    No Brasil têm tido um sentido prático mais apurado e começaram mais cedo a eliminar consoantes que não se lêem e que só estão lá por razões etimológicas. Portugal agora reparou que se o português falado no Brasil (que sim, é português, tão português como o português falado no algarve, no alentejo ou no porto, porque nem só Lisboa existe) e o português falado em Portugal poder-se-iam escrever da mesma maneira o que facilitaria uma série de coisas, como por exemplo a divulgação da nossa lí­ngua no mundo, e não vejo por que é que isso não há-de ser um bom motivo. Não utilizar a nova norma ortográfica se de facto ela vier a ser adoptada, é tão idiota como escrever “pharmácia” ou “elle”, não achas?

  11. Macaco says:

    Desculpa, Lena, compreendo, mas não concordo. Não há dúvida que sabes do que falas e sabes apresentar os teus argumentos, mas não me convences: aproximação fonética é o que fazem os jovens que por aí­ escrevem nas paredes “Diana Amut”… “amut”?

    Por alguma razão escrevemos “se faz favor” e não aquilo que realmente dizemos, que é, como toda a gente sabe: “faxaví´r”. :-)

  12. Terei ouvido “Gil Vicente”? Então …mas não tinham descido de divisão? Qual é a ligação com a lí­ngua Portuguesa? a do Presidente Fiúza que quis trazer os seus jogadores a Lisboa para conhecerem os animais da capital nos “jardins zoológicos”?

  13. catia says:

    Já há algum tempo que tenho ouvido falar sobre este acordo e desde o primeiro dia achei-o um autêntico assassinato a tudo aquilo que aprendi na minha primária e ao longo de muitos anos.
    Vão mudar gramáticas e dicionários… pá, podiam até mandar-me para a Lua, eu cá vou continuar a escrever da mesma maneira que sempre escrevi.
    Acho que este é um acordo que, apesar, de ser abrangente í s várias comunidades lusófonas, parece satisfazer mais os interesses brasileiros. Talvez esteja a pensar errado, mas é o que eu acho, acho ridí­culo tudo isto.

  14. Marco Amaro says:

    Estou completamente de acordo com o desacordo perante o novo acordo. …?
    Na verdade, escrever com “k” em vez de “q” arrepia-me, quanto mais…

    Boicotarei o novo acordo mantendo a minha maneira de falar e escrever!

  15. Grinch says:

    Pois tenho de concordar com as duas vertentes, apesar de me apetecer concordar apenas com “O EGIPTO Hí-DE SEMPRE TER O PíŠ ANTES DO TíŠ!” – belo slogan, não desfazendo no “VAMOS DAR VOZ ÀS VOGAIS MUDAS!” Eu ainda hoje escrevo quatorze em vez de catorze e, pelo menos até há pouco tempo, ambas as grafias eram aceites. Agora não sei. Manter-me-ei fiel í s minhas grafias. Quanto í s crianças, aprendem na escola o que têm de aprender, mas não perdem nada por saberem que, em tempos, as mesmas palavras se escreviam de forma diferente. E belos trocadilhos que se faziam com as grafias antigas…

  16. Alcibiades says:

    Pá, macaco, estás na boa. Podes declarar-te fora do acordo ortográfico í  vontade que ninguém se chateia. Multas não há, de certeza. Milhões de portugueses todos os dias ficam fora de qualquer acordo ortográfico, este ou os anteriores, expressa ou tacitamente, que ninguém se incomoda com isso.

    Dito isto, não me parece que o Macaco tenha percebido de facto o propósito do acordo ortográfico. É que não tem sentido nenhum escrever as consoantes mudas, por exemplo. O problema é que muitos de nós, incluindo eu, nos apegámos sentimentalmente í s gajas, as consoantes mudas, e nos custa mudar. Imagino que os nossos bisavós também se tenham sentido perdidos quando lhes tiraram o PH das lojas que vendem medicamentos…. ;) Mas ninguém lhes levou a mal (nem o governo os perseguiu) quando quiseram manter esse património histórico-sentimental.

    Eu vou continuar a escrever como sempre escrevi. Os acordos ortográficos não se resolvem numa só geração. Mas não me passa pela cabeça declarar-me por escrito objector de acordo ortográfico… ;) É preciso isso para quê?

  17. Macaco says:

    Alcibiades, tens razão quando dizes “não me parece que o Macaco tenha percebido de facto o propósito do acordo ortográfico”… nem é preciso que te pareça: eu admito-o literalmente: não sei para que serve.

    Sabes?

    Agora declarar-me por escrito objector do acordo é preciso como é preciso declarar-me por escrito qualquer outra coisa que me apeteça. É assim quando as pessoas gostam de expressar as suas opiniões e têm onde o fazer.

    Não?

  18. Alcibiades says:

    É vero, macaco. Tens toda a razão. Eu apenas queria dizer que há objecções de consciência mais arriscadas do que essa. É só. É como alguém decidir proclamar publicamente que a partir de agora não vai dizer os érres ;) Achei piada a dizeres que estás fora do acordo, só isso.
    É assim: Todos os que nascemos há mais de dez, quinze, anos, estamos, como tu, “fora do acordo ortográfico”. Isto, como também já disse, é tarefa para meter na cabeça da próxima geração. Macacos velhos não aprendem linguas novas. Não te zangues. Paz.
    E o acordo serve para quê? Serve, como todos os ajustamentos ortográficos (e todos os paises o tiveram, numa ou outra ocasião) para depurar a lingua de elementos que lhe são inuteis, como as consoantes mudas, ou para a adaptar í  nova realidade. Porque não duvides que a linguagem é uma coisa viva.
    Dei-te o exemplo do Ph da pharmácia. Que achas tu disso?

  19. Macaco says:

    Alcibiades, com comentários inteligentes não me zango mesmo nada, piores são os só servem para ocupar espaço e fazer perder tempo.

    Quanto a este acordo, não me parece que simplifique o depure nada, porque, como eu disse, acho que vai causar confusão: “receção”… é “recessão” mal escrito, ou é mesmo “recepção”? Eu sei, depende do contexto, mas não é uma lí­ngua mais simples a que tem menos homógrafas?

    Se calhar não, mas eu acho que sim e pronto, eu sou teimoso.

    Quanto a “pharmácia”, acho phantástico!

  20. Knight Templar says:

    Actualmente frequênto o ensino secundário secundário, á uns anos foi introduzido um novo programa gramatical… resultado, ainda este ano se avaliou pelo velho, mas não fico xatiado por isso, fico xateado pelos professores não saberem um “corno” desse novo programa… Ora esta porcaria vai acontecer, outra vez com o Desacordo da Limgua Portuguesa… Só vejo uma saida possivel, adormecer o acordo e como? já está visto que com baixos assinados e coisas axim não vamos lá… é algo que exige “TOMATES”, simplesmente fazer o que os Camionistas fizeram… As greves que os Professores e Funcionarios Publicos fazem… e em ultimo caso apredejar a “Casa Branca” Portuguesa… Para grandes males… grandes remedios… não vejo outra saida… se Portugal parar, mas PARAR MESMO o acordo MORRE!

    Quanto ao “phantástico” o no lugar do “i” não é um “y” ?

  21. …parto do princí­pio que isso é sarcasmo.

  22. Júlio Prego says:

    Pois é partir de agora passamos a escrever aví´ e avó da mesma maneira – avo –

    tal como…

    cágado — cagado

    secção — seção

    facto — fato

    etc… etc…

    Os nomes também têem que sofrer alterações naturalmente, dando o exemplo de José Sócrates,
    passará a ser Jose Socrates, neste caso Jose se for pronunciado em francês fica mais chique, por isso, o nosso primeiro ministro, se empenhou tanto com a celebração deste acordo.

    Por isso quando me perguntarem, que lí­ngua se fala em Portugal, eu direi que falo brasileiro, tenho é o sotaque português.

    Resta uma única solução, é começarmos a falar mirandês que pelos vistos ficou fora do acordo ortográfico.

  23. alessandro says:

    Não sei porque não oficializam logo o idioma brasilero e deixa o português pra Portugal e para a ífrica.

    No Brasil fala-se um idioma que só se fala no Brasil e em nenhum lugar mais. Aliás, somos a única ex-colí´nia portuguesa que não fala com sotaque português.
    Ele é o único Idioma no Mundo que absorve todos os outros dentro si mais não pode ser absorvido por nenhum nem pela propria lingua portuguesa.
    Os portugueses e seus sudras, tem que se conformar que a lingua portuguesa é apenas um dos muitos pilares que embasam o Idioma Brasileiro.

  24. Nony says:

    Interessante que a ojeriza ao “desacordo” (de desacordado ou referente a desací´rdo?)gramatical é mutuamente semelhante para brasileiros e portugueses.
    Bom, talvez seja este o ponto que nos une, colocando-nos em completo e absoluto acordo (de acordar-se do sono? Ou acordo de concordar?).
    Concordam?
    A lí­ngua nacional brasileira, inicia-se como fonte o português “castiço”, í  época, ainda bem galego, com efes soando como esses, portanto, longe do atual português escrito, tanto seja na gramática lusitana ou brasileira, 0 que implica aceitar o fato que portugal não escreve o português de 1500 e o brasil também não mais.
    Apenas a fonte foi igual para ambos os paí­ses, e dizer que a gramática e grafismos de outrora era lí­ngua portuguesa, é aceitar a lógica que portugal não escreve mais aquela lí­ngua assim como não faz o brasil apesar da fonte comum.
    Ou afirmar fonte comum e evolução natural da linguagem com peculiaridades geograficamente inerentes, ou considerar a hipótese que o falar e escrever de 1500 para cá, produziu duas lí­nguas autí´nomas cujas diferenças permitem entendimento e compreensão entre elas (ao menos com um mí­nimo de boa vontade), ou então, no pior dos casos, é pretender imposição por pretensão de antiguidade civilizatória, e se este é o caso, “volta o molhe ao trigo”, ou seja, voltemos aos “effaf” diferenffaf fó podem fer follucionadas fe voltarmof todof a efcrevermof como outrora.
    O que affam?

  25. NORTON says:

    No Brasil hí  cerca de 210 de idiomas :

    As comunidades indí­genas do Brasil falam cerca de 170 lí­nguas tupi-guarani (chamadas de autóctones);
    As comunidades de descendentes de imigrantes outras 30 lí­nguas : português, alemao, italiano, japonês, francês, polaco, espanhol,
    russo etc

    o rico IDIOMA Brasileiro é a fusão do tupi-guarani com idiomas africanos trazido pelos escravos com todas as linguas citadas a cima.

    comprimentos ao Portugal !!!

  26. NORTON says:

    No Brasil hoje são falados por volta de 210 idiomas.

    Uma só prédomina o Brasileiro.

    As comunidades indí­genas do Brasil falam cerca de 170 lí­nguas (chamadas de autóctones).

    Como resultado de séculos de tráfico de escravos da ífrica, inúmeras lí­nguas africanas foram faladas no Brasil e influenciaram fortemente a lí­ngua do Brasil.
    Hoje em dia, nenhuma dessas lí­nguas africanas é falada plenamente no Brasil, tendo passado a se manifestar apenas em usos especí­ficos, seja como lí­nguas rituais (por exemplo, as usadas nos cultos afro-brasileiros), seja como lí­nguas secretas que identificam quilombolas como a Gira da Tabatinga, por exemplo.

    Já os imigrantes chegados depois de 1850 trouxeram lí­nguas de seus respectivos paí­ses, dentre as quais as mais faladas hoje são o italiano e o alemão. Essas comunidades ainda possuem um número significativo de falantes, sobretudo na região sul do Brasil.

    sem esquecer o Português , o japonês, francês , polaco que também influenciaram nosso rico idioma.

    O idioma brasileiro, é a fusão de essas linguas todas : tupi garani com italiano com alemao com português com inglês com espanhol com japonês com francês com hindi etc…

    Tenho esperança um dia a lingua BRASILEIRA sera a unica lingua oficial do BRASIL ( e não a lingua horrorosa do português, tirem isso fora do brasil , que feia !!!)

    • Norton, o teu primeiro comentário até era interessante e despertou a minha curiosidade. Por qualquer razão optaste por escrever um segundo comentário que insulta a minha lí­ngua sem qualquer razão aparente.

      Pode ser chato para ti e alguns dos teus amigos admiti-lo, mas tu falas e escreves português… vai-te habituando.

  27. Portuga says:

    Vocês acham que são os únicos a sofrer influências externas?!

    O próprio inglês as sofre, de múltiplas lí­nguas. O francês também. E ambos influenciam muito mais dezenas e dezenas de outras lí­nguas.
    Em Portugal também temos muitas palavras novas vindas do inglês, francês ou espanhol, por exemplo.

    Por mais que tenham vergonha das vossas origens, logo, de quem são, a vossa lí­ngua é o português. O português do Brasil. Claro que sofreu muitas alterações, tal como o pt-pt, desde há quase 500 anos.

    Dizem que a vossa lí­ngua é uma mistura de muitas outras, e assumem que todas elas tiveram igual ou parecida importância. Isso não é verdade. Vão falar em pt-br com um inglês, um francês, um alemão ou um russo, a ver se ele vos entende. Claro que não.
    Mas porque será que um português vos entende?

    Porque vocês falam português.

    Idiomas brasileiro? LOL
    (ou rsrsrs, como lá dizem…)

  28. […] S. Outros exemplos de aberrações (via Macacos Sem Galho): ação (em vez de acção); adotar (adoptar); fação (facção); ótimo (óptimo); receção […]

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