Dose extra de artes marciais

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Dia de acordar cedo. Dia de Taijiquan e Gongfu. Tai Chi Chuan e Kung Fu, de vez enquando escrevo assim para quem ainda não conhece o sistema Pin Yin de escrever com letras ocidentais, palavras chinesas.

O Cunhado chegou cedo, por volta das 9:15 e o Godfather já só o apanhámos, atrasado, a chegar à minha rua quando iamos embora para a aula. Metemo-nos no Fiesta e fomos os três.

Hoje acordei com uma dor estúpida do lado esquerdo do pescoço, não conseguia sequer virar a cabeça. Enfim, fiz os exercícios de Qigong (sim, Chi Kung), com a esperança que pudesse relaxar um bocado e melhorar. Mas não ajudou muito. Começa a chatear-me a sensação de que sempre que vou a uma aula de Gongfu, tenho uma qualquer maleita incapacitante. Dores de cabeça, pulso aberto, ataques de tosse, é incrível, não falha. Bom… Hoje insisti e depois de uma massagem do especialista, senti-me até um pouco melhor.

A aula de Taiji constou de exercícios de centro. Em que tentamos compreender como desviar forças. É sensacional. A certa altura, o Tony (instrutor), esteve a demonstrar com o Cunhado. Para quem não conhece nem um, nem o outro, não sabe, mas digamos que o Cunhado pode, com pouco esforço, atirar o Tony pelo ar. Aliás, ele pode atirar quase qualquer pessoa pelo ar. :) Portanto foi o que fez, como demonstração dessa capacidade. Isto até o Tony começar a desviar a força dele. Houve ali umas alturas em que pensei que o Cunhado ia conseguir, mas não conseguiu, estava a fazer a força toda para o empurrar, mas as técnicas são tão eficientes que ele nunca conseguiu um ponto de apoio para dar o empurrão.

Na aula de Shaolin Gongfu, fizemos aquecimento aeróbico e depois, posições. Dez minutos de posições, passando pelas 10 posições essenciais. Custou um bocado, mas pelo menos agora acho que já estou a perceber melhor algun pormenores que ainda me escapavam. Claro que ainda vou precisar de mais um tempo para as saber fazer todas bem.

Passámos a seguir para uma sequência da qual ainda não sei escrever o nome, aliás, custa-me ainda um bocado lembrar-me do nome, mas adiante. É uma sequência relativamente simples no nível em que nos encontramos, que é básico. Neste nível, consta de quatro socos em cima (dois ao peito, dois à cara) e quatro em baixo (dois ao fígado, dois ao baço). E, claro, da parte do parceiro, as respectivas defesas. É daquelas sequências que quando treinadas com velocidade e força, dão para espantar qualquer um. É muito giro, treina o mecanismo de ataque e defesa e como vimos demonstrado no fim pelo Tony e um colega de nível 2, reflexos, força, precisão, tudo isto se afina e refina com cada treino.

Regresso a casa, eu e o Cunhado fomos à Bella Napoli, uma pizzaria no Pragal, para comprar o almoço. De saída, encontrámos a Dee, que vinha do Vet com notícias mais ou menos animadoras sobre a Amarela. Ainda assim, teríamos que esperar o resto da tarde.

As pizzas eram óptimas, elas são basicamente barradas com fiambre. Se cortarmos uma fatia, a secção dessa fatia apresenta uns milímetros de massa (de pão), depois um milímetro de molho e depois, claramente, uma camada de fiambre bastante espessa. O queijo em cima é, no mínimo, abundante. O aspecto é também excelente. Comemos todos e ficamos completamente podres. Cansados do Gongfu e cheios de pizza.

A Dee foi procurar pautas de piano na internet e eu e o Cunhado ficámos a mongar na sala a tarde toda, à luz da tv, enquanto víamos o American Beauty em DVD. Excelente filme. O Kevin Spacey é definitivamente um dos meus actores preferidos, senão mesmo, o preferido, assim de repente não me lembro de outro.

No fim do filme/princípio da noite, o Cunhado bazou, provavelmente com intenção de ir dormir. Eu e a Dee fomos ao Vet buscar a Amarela. Está um pouco melhor, mas não respira propriamente saúde por todos os poros. Os médicos acabaram por concordar um com o outro, que ela não terá de facto diabetes, porque os níveis de glucose no sangue são elevados, mas não são sequer próximos dos habituais num gato com Diabetes.

Passámos cerca de uma hora no vet, o que para mim chega para uma depressão para o resto da semana. É a minha reacção aos veterinários, desde que fui a um, com a nossa gata Pantufa, pouco antes dela morrer. Desde aí entro em stress assim que sei que vou ter que levar um dos bichos à consulta e depois de lá estar, parece que aquilo me activa o lado negro das coisas, fico sem vontade de sair da cama durante duas semanas.

Pouco depois de termos voltado para casa, fui para a cama. Eram para aí nove e meia. Passado uma hora estava a dormir, apesar do torcicolo.

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