Oceanário e mais uma banhada com o Tom Cruise

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Um Sábado como deve ser, coisa que já não acontecia há muito tempo. Acordei ao meio-dia, levantei-me e fui tomar o pequeno almoço e ver televisão na monguice.

Saí com a Dee, em direcção ao Parque das Nações ode o Gdf nos aguardava. Fomos os três ver o Oceanário de Lisboa. Devo dizer que fiquei agradavelmente surpreendido. Embora a visita de hoje não tenha tido os melhores ingredientes (já explico porquê), o Oceanário é de facto um projecto fenomenal.

O que correu mal então? Nada de muito grave, mas como disse o Godfather a certa altura, aquilo parecia mesmo uma praça… cheirava a peixe e tinha velhas aos gritos por todo o lado. Muitas vezes as pessoas não me compreendem bem e acham que sou preconceituoso em relação a este ou aquele grupo. Eu não tenho nada contra pessoas mais velhas, conheço várias que são interessantes, amigáveis, divertidas, etc. O problema aqui são hordas de pessoas incomodativas, que por acaso também são velhas. Pois o oceanário abundava de senhoras a gritar: “OLHA! FANECAS!”, a agarrar-se aos braços de estranhos para não caírem e a espetar cotovelada de meia-noite para chegar ao vidro dos aquários. Torna a visita mais chata, mais cansativa e menos gira no geral.

Há também os putos que NÃO QUEREM VER O OCEANÁRIO; Pais! Metam isto na cabeça: se eles não querem ver, não os OBRIGUEM a ver… o mais certo é acabarem eles a gritar e vocês a gritar com eles e o resto dos visitantes com vontade de bater na família toda. Nem todas as crianças vão achar piada aos peixes, na verdade, uma grande parte delas vai ter medo dos peixes. Se não estão preparados para gastar um conto e setecentos por cabeça e ter que sair ao fim de dois minutos… talvez não devam levar já o vosso filho ao Oceanário.

Outra espécie são as pessoas que vêm a vida a preto e branco. Entram com a camcorder encostada ao olho e saem com a camcorder encostada ao olho (assumo que têm uma com um visor a preto e branco, é mais poético). HELLO! Têm dois olhos… sabem? Estereoscopia e essas coisas? Não preferem ver a vossa vida a grava-la em vídeo?

Expliquem-me mais uma coisa… eu compreendo (até certo ponto), a necessidade de emigrar. Para arranjar trabalho, para procurar novas experiências ou (porque não?), para ganhar melhor. Porque é que não se limitam a falar uma lingua and stick with it. Falem francês, falem português. Mas “Este peixe é trés jolie”… “Vien ici que temos que ir embora”… façam um favor à humanidade… comportem-se.

Não gosto de Jardins Zoológicos. Não vejo divertimento por aí além em olhar para animais fechados em jaulas. Ou como diria o Hobbes: “Vamos ao Zoo e depois podemos ir visitar uma cadeia?”. No entanto gostei muito do Oceanário, talvez porque está tão bem feito que nunca nos passa pela cabeça a palavra “cativeiro” mas mais “habitat alternativo”, talvez. Enfim, há realmente alguns aquários que não são propriamente um habitat, mas mais uma caixa de fósforos com água, mas pronto.

Bem, saímos do Oceanário com uma traça olímpica e fomos ao Vasco da Gama comer qq coisa. Enfardei uma baguette com bacon e queijo, duas batatas médias, uma seven up e metade da baguette da Dee.

Separámo-nos do Godfather que voltou para casa via ponte Vasco da Gama e rumámos ao Residence para nos encontrarmos com o Cunhado, a Bela e o Fernando. Fomos ao Monumental ver o M:I-2. Baaaaaaaaaaaaaaaaaaah gaaaaaanda meeeeeeeeerda.

POoooOoOoOOoOooooooOOORrRrRaAaAA!

Perguntem ao John Woo como fazer um filme de 45 minutos durar 2 horas… é só fazer quase todas as cenas em câmara lenta, abusar da câmara lenta, esticar os limites da paciência do público com efeitos de câmara lenta. À primeira tem piada, deixa logo de ter à segunda.

Tom Cruise é bom, salva o mundo, salva a menina, salva-se a si próprio. Dispara de costas, de pernas para o ar, usando um retrovisor para fazer pontaria, dispara de pé, dispara deitado, dispara enquanto desliza pelo chão… e no meio disto tudo eu revejo mentalmente os episódios todos do Mission Impossible que vi na TV para me tentar lembrar de quantas balas a IMF disparou durante as suas missões… eles tinham sequer pistolas?

Enfim, tem algumas cenas giras, sobretudo bem filmadas. Mas o filme é uma treta, a história é uma treta, a equipa do IMF é suposto ser composta de vários membros com habilidades diferentes, mas aqui temos o Ethan Hunt a fazer tudo, um perito em computadores que nem Tetris parece saber jogar e um tipo que… que raio sabe ele fazer? Pilotar helicópteros? Táaa bem. E uma menina… cheia de habilidades que não usa, excepto a de dormir com o Tom Cruise praticamente a abrir o filme e de se tornar a peça central do (pouco) argumento.

No final, vejam bem, o vírus mortal é um líquido vermelho e a vacina, um líquido verde… o jeito que isto dá hem? Se ou menos todas as doenças fossem grandes e maus vírus vermelhões facilmente elimináveis com bondosos anti-corpos verdinhos…

Bem, chega disto, se quiserem vão ver, que eu não sou pago para fazer crítica cinematográfica.

Viemos para casa ver o fim do Stand Up Show, o fim do Yes, Minister, o Goodness Gratious Me e o Big Train, tudo de rajada. Como habitualmente a Dee foi-se deitar no final do Goodness Gratious Me, porque estava a cair de sono.

Vim jogar um Q3F, que acabou por crashar e me fez desistir e ir antes continuar a fazer o MIDI da Grand Sonata do Paganini. Estou a fazer um MIDI para facilitar a aprendizagem da pauta para guitarra clássica. O Godfather está a aprender e como me dá gozo fazer MIDIs, resolvi fazer para lhe servir de guia. Sou um bom samaritano (gostava de saber se existem maus samaritanos).

Bem, passa das quatro da manhã, já não consigo inventar mais tretas para escrever, nem ver pautas à frente para transcrever, vou dormir.

Para breve, planeio integrar mais elementos nesta página, vai deixar de sre só um diário. A primeira secção deverá ser “Teorias de Conspiração”. Tenhos várias… não só as velhas conversas do governo americano e dos seus UFOs, mas umas bem mais nacionais. Stay tuned (mantenham-se afinados, literalmente).

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