Sixth Sense e Os Cavalos Também se Abatem

Publicado em , por macaco

Foi um dia giro.

Levantámo-nos relativamente cedo para um domingo para ir passear, já que tinhamos tentado marcar um almoço com o pessoal que foi boicotado. Mas foi por uma boa causa, já que o ADSS tinha que trabalhar (boa causa, suponho, mas sempre chato, trabalhar ao fim de semana).

Saímos do prédio e estavam dois carros a buzinar lá em baixo, num o Careca e a Miss M (adoro este nickname), noutro o Cunhado, o ADSS e as suas duas adoráveis meninas, uma portadora de mais um PEDRO que em breve virá ao mundo (bem, no mundo já ele está, mas tem uma perspectiva intimista da coisa).

Ao que parece encontraram-se todos à porta de nossa casa para irem almoçar Leitão, nãsseionde e o Careca que conhece o sítio e pensou que nós íamos combinou ali. Nós odiamos Leitão. :)

Bom, eles seguiram para o restaurante onde as pessoas comem pequenos animais mal acabados de nascer e nós fomos para Lisboa, directos ao Monumental ver um filme muito giro, chamado “Sixth Sense” com o Bruce Willis e um puto novo (quero dizer um miúdo mesmo pequeno e que nunca tinha visto em filme nenhum), que é genial. As crianças no cinema fazem-me sempre sentir uma enorme pena pelo cinema português, isto porque a maioria dos miúdos no cinema estrangeiro (e não digo apenas americano, mas estrangeiro), são muitas vezes actores fabulosos, muito superiores à grande maioria dos que por cá temos (mais uma vez digo “grande maioria” e não “todos”).

Pois este miúdo é um deles, simplesmente fantástico, parece que é actor há séculos. O filme em si surpreendeu-me, confesso. Eu normalmente no início de um filme começo logo a racionalizar a coisa e chego às conclusões antes delas acontecerem quase sempre (sobretudo se o filme é óbvio). Ultimamente tenho evitado isso, sento-me e faço como diziam os Nirvana no “Smells Like Teen Spirit”: “Here we are, now entertain us”. Tento não imaginar o desfecho, mas apenas ver o filme à medida que decorre. Neste resultou às mil maravilhas. Um pouco de atenção e lógica ter-me-iam dado a conhecer o óbvio final do filme, mas felizmente isso não aconteceu e tive uma surpresa no fim.

Foi MUITO giro, aconselho vivamente.

Depois viemos no metro até à baixa, um pouco de Virgin e um pouco de Fnac deram dois DVDs novos: “Sense and Sensibility” e o “Avengers”, sobretudo para a Dalila porque eu não gosto muito de histórias da Jane Austen (S & S) e achei o “Avengers” simplesmente deplorável e um assassinato da série original que era genial. Mas a Dalila gosta e gostos, as they say…

À noite fomos jantar com o pessoal ao restaurante chinês favorito e fomos um bocadinho a casa dos meus pais. Revimos a entrevista na CNL e um bocadinho do novo programa do Herman José.

O novo programa do Herman José mete medo. Sabem o que os cowboys faziam aos cavalos feridos? Pois é… abatiam-nos para não sofrerem.

O Herman devia ser “abatido” para deixar de *nos* fazer sofrer. Agora vendeu-se à SIC, suponho que o dinheiro seja realmente uma coisa muito aliciante, ele que gozava com aquilo aqui há uns tempos. O stand-up que ele faz é deplorável, as piadas são idiotas e fazer entrar umas tipas boazonas meio despidas e depois baixar as calças para subir as audiências é uma piada tão má como reles e ordinária (o Herman chegava a ser ordinário, mas não desta maneira revisteira). Depois há a Maria Rueff que, Zeus nos valha, toda a gente acha que é uma grande comediante. É basicamente uma das coisas mais chaaaaaaaaaaatas de se ver na tv, não tem um pingo de piada na circulação, sobretudo porque tenta ser um Herman José no feminino, como se não bastasse ele ser um pouco, hum… feminino.

Depois também acho que ele é um péssimo entrevistador, pelo que, sinceramente, é uma pena e um desperdício de talento, aquele tipo que era o ÚNICO comediante da TV portuga que me punha a rebolar no chão a rir, continuar a declinar ano após ano, até um dia se tornar um caso de wellfare… enfin, c’est la vie.

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