A sabedoria infantil

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Ontem, o Tiago explicava-me que um colega dele sofria de um problema: nunca ia deixar de ser queixinhas. O próprio já tinha admitido que seria incapaz de mudar esta atitude, pelo que os outros deveriam estar preparados para lidar com isso.

Interacções sociais complexas de crianças de 5 anos, portanto. Explicava o Tiago que o principal problema era que ainda recentemente, esse outro miúdo lhe tinha feito duas coisas que não se fazem, as quais o Tiago não denunciara, enquanto que o próprio teria apenas insultado o primeiro, ao que foi imediatamente denunciado e devidamente castigado.

Injustiça, claro. Duas malfeitorias versus apenas uma, mas o espírito de queixinhas do outro acabou por revelar-se fatal.

Tentando dar uma boa educação ao meu filho, expliquei-lhe que não interessava que o outro se portasse mal e que isso não devia ser motivo para que ele se portasse igualmente mal. Que devemos agir para nos defendermos, mas não responder a provocações. Essas e outras lições morais.

Decidi então perguntar-lhe o que tinha chamado ao outro menino.

“Ovelha estúpida”, respondeu-me com um ar inocente.

E foi aqui que me parti a rir e terminou a lição de moral. É que, por um insulto tão bom como “ovelha estúpida”, vale a pena ficar de castigo!

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Um comentário a “A sabedoria infantil”

  1. artur says:

    Tenho que acrescentar este formidável insulto à minha lista!

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