Alguém tem que o dizer

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

A Penélope Cruz é feia.

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Só para dizer bem de Portugal… a confissão

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Bom… é verdade que tive esta ideia e lancei a mim mesmo este desafio: escrever dez posts dez, a dizer bem do nosso País. A condição seria que não me socorreria da paisagem, do clima, das praias, das montanhas.

Escrevi um post sobre cafés e pastelarias. Sobre as bicas e os pastéis de nata, coisas típicas portuguesas que nos fazem sentir contentes por cá andarmos.

Mas não consegui ainda lembrar-me de mais nada.

Foram-me feitas algumas sugestões, mas sinceramente nenhuma me inspirou por aí além… os descobrimentos por exemplo.

Que desastre foram os descobrimentos, no fim. Durante uns séculos a coisa correu bem, mas não acabámos por estragar tudo, no fim? Onde está toda a riqueza dessa época? O nosso país não só não se manteve rico e próspero, como conseguiu quase desaparecer da face da terra. Somos o cú de todas as estatísticas da Europa e até países mais ranhosos que ainda mal saíram debaixo do jugo soviético já se preparam para nos ultrapassar economicamente.

Além de que os descobrimentos são um assunto batido a que nos agarramos sempre que queremos mostrar que o nosso país até é supimpa.

Claro que tivemos aquela coisa ali… a ditadura, não é? Pois é. Isso é lixado e muitas vezes as pessoas esquecem-se (ou preferem esquecer propositadamente), dessa época da nossa história, afinal, só durou 4 décadas.

Mas hoje em dia a ditadura só serve para dizer que para lá caminhamos novamente, que o Sócrates é um Salazar disfarçado, que a nova lei do tabaco faz lembrar esses tempos.

Não faz nada, seus palhaços. Como se pode ser tão taralhoco para comparar o que temos hoje em dia com o que se passou durante o Estado Novo? Como é que se pode ser tão alucinantemente ignorante ao ponto de comparar a actualidade com um regime não só totalitário e opressivo, mas também regressivo, fechado, violento, corrupto e… bom, na verdade, seco, estúpido e chato.

Acho piada como esses gajos que dizem que caminhamos para o tempo “da outra senhora”, têm no bolso a chave electrónica do seu BMW com i-drive e satnav, ao lado do telemóvel com câmara de 5 megas pixels (ou mesmo um iPhone…? Trazido dos Estados Unidos?!). O Sócrates é autoritário?

Se calhar é um bocado, mas por favor… não sejam parvos.

Por outro lado, temos que parar de culpar a ditadura de tudo, porque culpando outros nunca assumimos as nossas responsabilidades. É por isso que, por aqui, vota-se num gajo e depois culpa-se o gajo por tudo o que de mal vai no país e nunca se admite que se votou nele.

A nossa ditadura só teve uma coisa boa (para além do fim), que foi o nome do ditador: Salazar. É um nome estupendo para um ditador. Muito melhor que Franco, por exemplo, ou mesmo Fidel – embora se o primeiro não honrasse, certamente, o nome, o segundo não pode ser acusado de infedilidade. Mas “Salazar” está lá no topo com “Hitler”, “Stalin” ou “Pinochet”, nomes que só pelo seu som deixam logo perceber que algo vai correr mal.

Mas passando adiante de tudo isto, continuei a pensar o que mais encomiar no nosso País. O sistema de saúde? Bom, temos um sistema de saúde tendencialmente gratuito com assistência médica para todos. Tem falhas? Tem, mas pelo menos não vivemos como os americanos com medo de partirmos uma perna e, por isso, irmos à falência.

No entanto também não me parece que seja algo de fabuloso que valha a pena elogiar efusivamente. Não é, digamos, como o sistema de saúde Francês, um dos melhores do mundo, mas também não é o dito Americano, uns 40 lugares abaixo do topo, nem o de Myanmar, o último na lista da OMS.

E depois, aquela história toda em Castedo…

Depois ocorreu-me que há outro benefício em que somos melhores que a “nação mais poderosa do Mundo”, que é o tempo de férias. Em Portugal temos uma média de 22 dias úteis de férias por ano, nos Estados Unidos, essa média cai para 13.

Imaginem um Portuga, em pleno Verão, com apenas 13 dias de férias para gozar. Era o fim. Estamos, portanto, muito melhores que os americanos nesse aspecto; só que, mais uma vez, lá porque são americanos, não quer dizer que sejam a bitola e mais uma vez concluo que o tempo de lazer em Portugal é razoável, mas nada que valha um post “de bem dizer”.

Os italianos têm 42 dias de férias por ano, os franceses, 37 e os Alemães, 35. Até os brasileiros têm 34 dias por ano!

O que mais posso eu tentar elogiar? O sistema educativo? Não sei… eu passei pelo sistema educativo e não tenho grandes memórias de pontos suficientemente positivos para merecerem elogios rasgados. Lembro-me de uma indústria do livro a dominar a escola, obrigando a dezenas de contos gastos em pilhas de volumes diferentes todos os anos; alguns nunca chegaram a ser sequer abertos. Lembro-me de professores que nunca eram colocados e outros que eram, mas nunca apareciam. Lembro-me de uma Faculdade, de um curso de Design em plenos anos 90 onde não existia um computador e mais: o uso de tal máquina era violentamente criticado pelos professores (com medo que as máquinas mordessem, talvez).

Portanto não é por aí.

Sugeriram-me que falasse de futebol, mas, honestamente… acham mesmo que uns gajos grosseiramente sobre-pagos para se vestirem à azeiteiro e darem pontapés numa bola são motivo de orgulho para algum país? Não me parece.

Mais depressa destacaria os nossos atletas de pista, esses sim, com pouco dinheiro e muito esforço representaram o nosso país de forma digna de nota. É que os jogadores da bola, ainda por cima, não ganham nada. E não me venham com as tretas dos vice-campeões da Europa, que isso não vale a ponta de um corno! Chegar em segundo não vale nada, mas toda a gente segue o labrego do Cristiano e o ranhoso do Quaresma, quer acertem, quer falhem… os outros, o gajos que ganham as medalhas de ouro, só se lembram deles… quando as ganham.

Mas não acho que um ou outro gajo, por bom que seja, faça do país um melhor sítio para se viver.

Epá, olha, porra, estou limitado a café e pastéis de nata, hem?!

[tags]portugal[/tags]

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Não resisti

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

O meu pai filmou esta pequena performance e eu não resisto a publicar aqui o vídeo. E já agora, um kudos para o pessoal do sapo vídeos, aquilo papou um ficheiro de 85 MB, fez o que tinha a fazer e publicou-o sem soluços nem erros idiotas.

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FLAC e OGG Vorbis no iTunes

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Para quem quer tocar estes dois formatos, mas não quer largar a maravilha que é o iTunes, apesar da casmurrice da Apple em não suportar mais formatos, aqui está um plug-in para Mac e Windows que permite adicionar suporte para FLAC e OGG.

Edit: e já agora, se conseguirem descobrir como funciona, avisem, porque já instalei e o iTunes recusa-se a aceitar FLACs

[tags]flac, ogg, vorbis, plugin, itunes[/tags]

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Uh-oh

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Lá estou eu a ouvir a “This is the sea” em loop.

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Alguém tem que o dizer

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A Penélope Cruz é feia.

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Só para dizer bem de Portugal… a confissão

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Bom… é verdade que tive esta ideia e lancei a mim mesmo este desafio: escrever dez posts dez, a dizer bem do nosso País. A condição seria que não me socorreria da paisagem, do clima, das praias, das montanhas. Escrevi um post sobre cafés e pastelarias. Sobre as bicas e os pastéis de nata, coisas […]

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Não resisti

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O meu pai filmou esta pequena performance e eu não resisto a publicar aqui o vídeo. E já agora, um kudos para o pessoal do sapo vídeos, aquilo papou um ficheiro de 85 MB, fez o que tinha a fazer e publicou-o sem soluços nem erros idiotas.

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FLAC e OGG Vorbis no iTunes

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Para quem quer tocar estes dois formatos, mas não quer largar a maravilha que é o iTunes, apesar da casmurrice da Apple em não suportar mais formatos, aqui está um plug-in para Mac e Windows que permite adicionar suporte para FLAC e OGG. Edit: e já agora, se conseguirem descobrir como funciona, avisem, porque já […]

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Lá estou eu a ouvir a “This is the sea” em loop.

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