Perú frio

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

À medida que a última embalagem de paroxetina se foi aproximando do fim, fui começando a absorver a ideia que ia ter que parar com aquilo. Já não tinha paciência para ir comprar uma nova embalagem e espaçar as tomas para me habituar aos poucos.

Portanto, no Domingo parei de tomar paroxetina.

Tirando desorientação, perturbações de sono, dores de cabeça, náuseas, variações de humor, dificuldade de concentração, discurso arrastado e a ideia fixa de que sou um sargento napoleónico com um defeito na fala, acho que está a correr tudo muito bem.

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3 comentários a “Perú frio”

  1. Ana Nihil says:

    Pois, tal como tu não tenho pachorras para coisas pela metade e também larguei os meds cold turkey…foi absolutamente horrível, e incluiu todos os sintomas e mais alguns (como foi normal ao longo da toma deles, ainda que reduzida, 9 meses, e sempre contra minha vontade mas para calar outras pessoas, que entretanto deram de frosques…anfam), o meu preferido foi um ataque de ansiedade/pânico, que deu numa sessão hiperventilação e resultou num desmaio, pensei literalmente que ia morrer…

    Basicamente, como eu estava com uma dosagem de cavalo, e os maravilhosos sleeping pills idem aspas (e esses eram um psicotrópico classificado ao nível do lsd, o que explicava os monstros que via a sair das parees à noite, o alien foi personagem residente cá em casa durante bastos meses, uma amiga minha via ovos estrelados a entrar na cama com os mesmos sleeping pills mas dosagem menor lol).

    Parecia uma drogada a ressacar, mas tendo dito isto, passadas tipo 2 semanas os sintomas acalmaram e lentamente i got myself back…isso vale por tudo. A cisão mental interna criada pelos meds começa agora a desvanecer!

    Não há muito a dizer senão hang in there!!

    Take care, all the best!!

    Bjs para os 3!

  2. artur says:

    Deixar de fumar é parecido… só que eu fumava há 39 anos, e tu tomavas paroxetina há quê?… 2 anos?
    Não me sinto ansioso, nem irritado – apenas saudoso… e triste…

  3. Macaco says:

    Pois, já dizia o poeta: “39 anos, é muito tempo”.

    Mas eu não tomava paroxetina há 2 anos… é há um bocado mais que isso. O que, suponho, justifique o facto de quase me ter desfeito em lágrimas no metro hoje a ouvir o Mário Branco cantar “amanda-lhe com os decasílabos que eles já vão ver o que é meterem-se com uma nação de poetas!”

    Acho que estou na fase 3: “descontrolo emocional absurdo”.

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