O feitiço do carro

Publicado em , por macaco

“Eu não sou supersticioso, mas o pai dela dá-me azar”

Depois deste pequeno momento de nostalgia do rock português, passemos à história. E parece história de facto, algo inventado, mas não é. Trata-se da mais pura verdade.

Quando voltei de Londres, a bateria do Merc estava a zeros. Népias de pegar, nem tão pouco acender a luz do habitáculo ou do painel.

To cut a long story short, fui levar o carro à oficina, onde mandaram a bateria à Autosil, para verificar que estava de facto boa, mas descarregada. Fui hoje buscar o carrinho, com a bateria carregadinha.

De seguida parti para Palmela, com a Dee, visitar os avós e os tios dela e falar sobre um trabalho. Na A2, um objecto estranho surgiu de lado nenhum e embateu no vidro do meu lado. Assustei-me, como é natural, abrandei um bocado, olhei pelo espelho e vi o que me pareceu um pedaço de cartão… ou melhor, o que eu deduzi ser um pedaço de cartão, daqueles que por vezes caem dos camiões de mudanças.

Não era um pedaço de cartão, posso-vos já dizer.

Quando cheguei a Palmela, pus o pisca para a esquerda, porque ia virar à esquerda, coisas que acontecem. Mas o raio do pisca da esquerda piscava furiosamente, no mínimo, ao dobro da velocidade do pisca para a direita.

Depois de estacionar, saí e fui com o meu ar interessado, de conhecedor/ignorante, olhar para os farolins, convencido que não ia deslindar o caso, mas enfim, pelo menos olhava.

Olhei e vi que me faltava o pisca do lado esquerdo, à frente.
Não o plástico da óptica, mas tudo. O bloco inteiro do pisca, óptica, lampada, tudo. No seu lugar, um modesto fiozinho eléctrico. Foi portanto o pisca que saltou e embateu no meu vidro quando seguia na A2.

Como é possível saltar assim, de uma só vez, um farol? Não sei.
Mas o que eu já me fartei de rir!

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