My first euro

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Primeiro dia de 2002. Normalmente os primeiros dias do ano têm sempre algo de simbólico para as pessoas… o ar parece mais fresco, a chuva parece mais pura, a luz parece mais clara e toda a gente têm a certeza que “este ano é que vai ser”.Claro que lá para Maio as coisas já fiam mais fino, mas é típico das pessoas gostarem de se deixar levar por pequenas doces ilusões.

Mas este ano é ligeiramente diferente… é que em 2002 há realmente algo que se renova, algo que muda profundamente. Estou a falar do nosso dinheiro, claro. Os portugueses usam escudos desde 1910, embora tenha a impressão que li nalgum lado que o primeiro escudo só foi emitido uns anos depois da República. Portanto a coisa não chega a ter 100 anos.

A partir de hoje vamos passar a ter o Euro como moeda em Portugal e em grande parte da Europa civilizada, da qual se destacam os patetas ingleses que se recusaram a aderir à moeda, porque são sempre finos demais para ser europeus e preferem andar a reboque dos americanos.

É verdadeiramente entusiasmante, uma mudança tão grande no nosso quotidiano, moedas e notas novinhas em folha e de valores completamente diversos dos que estamos habituados a usar. Só espero que o Euro venha a servir menos para untar mãos do que o escudo, que praticamente já não servia para mais nada no nosso país.

E sem mais demora, aqui ficam as minhas primeiras quatro notas de 5 Euro, levantadas a 1 de Janeiro de 2002, por volta das 17:30 numa caixa multibanco em Almada.

My first euro

 

E agora, a pergunta sacramental: “got euro?”

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Um comentário a “My first euro”

  1. Vitor says:

    Puxa-vida.. Agora que estamos em 2011, e devido à forma ruinosa como o nosso país tem sido governado, já se fala em sair do Euro… Raios, nem 10 anos poderá esta aventura durar…?

    Sei que isso só depois do FMI e só caso isso falhe, mas mesmo assim, alguma vez pensavamos em 2002 que iriamos ter um desepenho económico tão mau que nos colocassem esta possibilidade em cima da mesa?

    Por outro lado, e depois de tantos debates sobre a “nossa” crise pessoalmente fiquei com a ideia de que a moeda única não foi devidamente bem pensada pelos cranios de Bruxelas – Temos o caso da Grécia e o da Irlanda com a “corda no pescoço” e agora Portugal, Portugal… (“do que é tu que estás à espera…?”)

    Porras, uma moeda que, 8 anos após ter sido criada, e já passa por convulsões deste calibre? (alguém se esqueceu de dar uns retoques nos acabamentos antes de entregar a obra ao dono, pois isto parece muito tosco para ser obra acabada…)

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