Tiálogos XXXII. Histórias.

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Hoje de manhã, foi assim:

Mãe, olha! Encontrei-o! O robot preto, está ali atrás!

Agora tenho que o transformar em robot de fogo.

Pai, o robot de fogo, lança bolas de fogo do seu lança-mísseis para acertar nos maus. Mas o maus, quando vêem os robots de fogo, fogem!

Então, os robots de fogo têm que ir atrás deles, dos maus. E quando os robots de fogo apanham eles, eles caem!

E transformam-se em zombies!

E depois, é preciso os girassóis e as abóboras e as ervilhas e os cogumelos explosivos que fazem uma grande árvore que explode e têm olhos vermelhos e as couves!

É preciso as plantas para atacar os zombies e fazer cair a cabeça dos zombies e os robots de fogo são amigos das plantas, mas às vezes ficam com frio e transformam-se em robots de gelo!

E aqui, eu perguntei: “E o robots de gelo, em vez de bolas de fogo… lançam bolas de gelo?”

E, cheio de satisfação, respondeu-me:

“Isso pai! Lançam bolas de gelo para congelar os maus!”

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Tipografia

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Há coisa de ano e meio dei uma sessão sobre tipografia no SAPO para público interno e externo e finalmente, está disponível o vídeo da mesma. Para quem tenha curiosidade sobre o assunto ou tenha mesmo muita vontade de me ouvir engolir em seco 687 vezes, aqui fica, sem mais demoras:

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Joanalogias—Seis meses

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Escrever, ultimamente, não tem sido uma grande prioridade. Ou melhor… não tenho tido tempo para nada e sentar-me a um computador a escrever um post novo tem mesmo que ficar para sgunda opção (ou terceira, ou quarta…).

E foi assim que, ao contrário do irmão, a Joana salta do post do mês para o dos seis. Bom, a falta de tempo não explica tudo.

A verdade, é que ter dois filhos é completamente diferente de ter só um. Sim, é claro que todas as pessoas que têm dois filhos há muito que dizem isto e – provavelmente – é dos livros. Imagino que ter três também quase nada tenha a ver com ter dois. Mas adiante.

Com a Joana, tudo anda muito naturalmente, calma e pacificamente. Não nos empoleiramos no ombro da pediatra para ver quanto marca a balança e não escrutinamos o boletim, no fim da consulta para verificar os percentis.

Claro que também há uma série de coisas que não precisamos de aprender, porque já sabemos. De mudar as fraldas, a vestir, dar banho, etc.

O choro também não nos faz correr por aí além e talvez por isso e por tudo o que já referi, a verdade é que a Joana mantém a sua tendência inicial para a calma.

Agora, de facto, compreendo inteiramente porque se põe tantas aspas nas cólicas dos bebés. Dores de barriga? Sim, claro, de vez em quando é óbvio, mas em quantas situações os papás não concluirão imediatamente: “cólicas”, quando o que se passa é que, evidentemente, com a sua falta de jeito, estão a dar com a criança em doida.

É aquele síndrome que até nos lembramos de ouvir das nossas bocas quando o primeiro nasceu: ele só chora, já tentámos, isto, já mudámos fralda, já tentámos aquilo, já demos leite… E deixá-lo em paz, já tentaram?

Pois.

Com seis meses, a Joana mantém-se firme no percentil 50 de comprimento (ei, eu disse que não ansiava por ver, não disse que não queria saber), mas caiu par ao 25 de peso. Típico desta idade, onde se começam a introduzir sólidos (depende do protocolo, mas no nosso caso, como está em casa com a mãe, é assim).

No dia em que completou os seis meses, foi à consulta, está constipadíssima e passou a dormir no seu próprio quarto de noite.

As duas primeiras noites não correram mal, continuando a acordar para mamar duas vezes apenas e sem choradeiras.

Comer não está a ser muito fácil: gostou da papa láctea que já tinha experimentado há umas semanas, mas vomitou-a em duas ocasiões separadas, pelo que se passou para uma não láctea que ela detesta (já tentámos duas marcas); sopa é mentira e puré de fruta também não lhe agrada por aí além.

Hoje comeu um bocadinho melhor, mas ainda há um caminho a percorrer.

Já se senta sozinha há algum tempo e continua com uma força danada nas pernas, de tal maneira que quase que parece que conseguiria ficar de pé sozinha, se a largássemos (mas claro que é só impressão).

Farta-se de sorrir e dá grandes gargalhadas quando lhe fazemos cócegas.

A interacção com o irmão continua a ser apenas ocasional, mas a nossa estratégia de não forçar permite ao Tiago fazer grandes shows de caretas e cócegas à Joana para a entreter, quando lhe dá para isso.

Enfim, por aqui continuamos completamente consumidos pelos nossos filhos; houve uma promessa de algum tempo livre este fim de semana, mas acabou por haver diversas visitas familiares e lá passou mais um fim de semana preenchido, a fazer a ponte entre uma semana de trabalho para outra.

Eu tenho a impressão que sou casado com uma morena de olhos escuros que anda cá por casa, mas não posso garanti-lo. A ver se um dia deste a encontro no corredor e meto conversa.

Até lá, tenho esta morena de olhos escuros. Vantagens de ter duas miúdas.

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Faço ou não faço um post sobre 2010?

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Tenho feito, todos os anos, um post-resumo do ano anterior.

É razoavelmente comum fazer-se, não dá muito trabalho, enche espaço, yeah whatever. As revistas e jornais também gostam muito do ano em revista: sempre se enche uma edição sem que seja preciso acontecer nada de novo.

Já vi posts de pessoas que dizem que 2010 foi o pior ano das suas vidas. Sei que há pessoas com doenças, mortes de entes queridos, problemas financeiros que caracterizaram o seu ano; outras, tiveram um furo no Q7 a caminho de Albufeira, puxaram uma malha no seu pullover Hilfiger preferido ou partiram o salto dos Jimmy Choo, na secção de lingerie do ‘El Corte’ e consideram por isso, 2010, o pior ano dos últimos tempos.

Perspectiva, pois.

Cortes, alçados, essas coisas…

Dividir o tempo em anos não faz sentido senão para nós, Humanos, pelo menos até conhecermos alguma outra espécie que o faça. A maioria dos animais compartimentaliza o seu tempo em estações, migrações, períodos férteis, essas coisas.

Mas a nós dá-nos jeito numerar e ordenar as coisas. Fica mais fácil de arrumar e dá-nos uma ilusão de controlo sobre uma dimensão que apenas conseguimos compreender num sentido, incapazes de a ver como um todo; o tempo, pois, que certamente é tudo menos linear.

Limitações. Que se há-de fazer?

2010 foi um ano bom, para mim. Aconteceu muita coisa em 2010, não foi um ano parado, nem aborrecido. Mas o acontecimento que merece maior destaque é, evidentemente, o nascimento da minha filha Joana.

Foi em Julho, no dia 14.

Comparado com a presença da Joana na minha vida, o resto perde um pouco o impacto. E passou-se quase inteiramente o quarto ano de vida do Tiago, a completar em Março próximo. E assim, em 2010, passei a ter dois filhos, bem mais do dobro dos cabelos brancos – sobretudo na barba – uma fracção das horas de sono, o triplo do cansaço, mas também uma insubstituível sensação de realização.

Em 2010, além disso, comprei uma casa nova, renovei-a e mudei-me – processo simples, de apenas 10 meses, 6 dos quais de obras.

Pela minha filha, voltei a deixar crescer o cabelo – um último triunfo capilar antes dos 40, só para confirmar que, de facto, o prefiro curto.

O Tiago passou de dizer algumas palavras soltas para um discurso tão elaborado que praticamente não nos lembramos já do stress que tivemos porque ele nunca mais falava.

Meti-me no P90X e confirmei que vale a pena. Depois de uma experiência com um final um bocado a abandalhar, ainda assim fiquei muito satisfeito com os resultados. Pretendo repetir a dose, mas desta vez, certinho até ao fim e talvez com companhia…

Fui ao Texas, para representar o SAPO no SXSW com o projecto Pond, nomeado para um prémio. Assisti a conferências, comi da minha comida preferida, dei umas voltas, vi uns concertos e apanhei pelo menos um cardina monumental. Ah e levei várias abadas ao pool, embora tenha dado algumas aos matrecos.

Em Austin, conheci a Nina Hartley, um momento alto, sem dúvida. Só poderia ter sido melhor se estivesse acompanhada da Traci Lords e pudessemos ter ido beber uma Bud com o Ron Jeremy e o Peter North.

Uma importante viagem de negócios, sublinho.

Este blog fez 11 anos, continuando em alegre actividade a ignorar as datas que outros apregoam para o início da actividade bloggística em Portugal.

Comecei a re-escrever o Phantom Menace. E não, ainda não desisti, tenho pilhas de notas, bocados de história e perfis de personagens na minha Dropbox.

Em 2010 o Benfica foi tipo… whoa, o que era aquilo? Vuoooosh! Pimba! Era o Benfica. Só por azar, fomos todos ao estádio ver… o primeiro jogo da época, um empate. Depois, mais tarde, fomos ver outro, um resultado magro qualquer contra não me lembro bem quem.

Praticamente todo o resto da época foram goleadas atrás de goleadas e o Benfica acabou campeão no papel. Digo no papel, porque, efectivamente, o Benfica é campeão sempre, simplesmente deixa outros clubes levar o troféu para casa de vez em quando.

Em termos de futebol, a Selecção fez uma campanha patética no Mundial, mas ainda conseguiu fazer uma goleada estupenda que deu azo a uma tarde muito bem passada, numa sala lá no escritório com a malta toda a gritar e a vibrar com a bola.

A minha PS3, comprada no dia em que saiu, avariou-se. Comprei uma nova no próprio dia, mas não é o mesmo, a Fatty era muito superior, a Slim é mais bonita, mas ‘não tem nada lá dentro’.

In related news, saiu o GranTurismo 5, em 2010. Sim, saiu mesmo! Ainda há bocado estive a jogar.

Só falta o Duke Nukem Forever.

Eu e a Dee comemorámos os 21 e os 12. Anos de namoro e casamento, respectivamente.

No trabalho, as coisas mudaram um pouco, com mais responsabilidade e coisas novas para aprender. Normalmente alguém diria simplesmente “fui promovido”, mas as coisas no SAPO são mais orgânicas que isso.

Claro que fiz anos. Foram 37. Mais um, menos um, who cares.

O natal fez-se, pela primeira vez, cá em casa e na passagem de ano, estava toda a gente a dormir antes da meia noite – eu levantei-me do sofá para ir à varanda confirmar que esta é uma zona calma – nem no 31 de Dezembro havia particular barulho.

2010 foi o ano da Joana nascer, do Tiago crescer, de mudarmos de casa e foi o ano do cansaço. Muito, muito cansaço. Um cansaço tal que nos custa a imaginar o dia em que voltemos a não estar cansados.

Se calhar, esse dia nunca vai chegar. Se calhar, é aquela coisa da idade de que tanto tenho ouvido falar.

Espero que tenham tido um 2010 com algumas coisas boas; não falei das coisas más que tivemos em 2010, prefiro assim. Espero também, que tenham um 2011 com coisas igualmente boas ou, de preferência, melhores.

Cheers.

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Hoje de manhã, foi assim: Mãe, olha! Encontrei-o! O robot preto, está ali atrás! Agora tenho que o transformar em robot de fogo. Pai, o robot de fogo, lança bolas de fogo do seu lança-mísseis para acertar nos maus. Mas o maus, quando vêem os robots de fogo, fogem! Então, os robots de fogo têm […]

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Há coisa de ano e meio dei uma sessão sobre tipografia no SAPO para público interno e externo e finalmente, está disponível o vídeo da mesma. Para quem tenha curiosidade sobre o assunto ou tenha mesmo muita vontade de me ouvir engolir em seco 687 vezes, aqui fica, sem mais demoras:

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Joanalogias—Seis meses

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Escrever, ultimamente, não tem sido uma grande prioridade. Ou melhor… não tenho tido tempo para nada e sentar-me a um computador a escrever um post novo tem mesmo que ficar para sgunda opção (ou terceira, ou quarta…). E foi assim que, ao contrário do irmão, a Joana salta do post do mês para o dos […]

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Faço ou não faço um post sobre 2010?

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Tenho feito, todos os anos, um post-resumo do ano anterior. É razoavelmente comum fazer-se, não dá muito trabalho, enche espaço, yeah whatever. As revistas e jornais também gostam muito do ano em revista: sempre se enche uma edição sem que seja preciso acontecer nada de novo. Já vi posts de pessoas que dizem que 2010 […]

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