“-mos” NÃO EXISTE!

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Disclaimer: este post é um exagero derivado aos nervos. “-mos”, existe, de facto, mas é raro, a menos que se tenha uma obsessão com sexo oral. Para mais informação, clicar aqui.

Porra, há coisas que são complicadas, mas há outras muito simples. Esta é uma das últimas: “-mos”, não existe! Não, não existe, não significa nada, não faz parte da nossa língua.

É levarmos, não é levar-mos;

É jogássemos, não é jogásse-mos;

É tratarmos, não é tratar-mos!

É assim tão difícil de lembrar? Eu ainda compreendo (pouco, mas compreendo), as pessoas que confundem o “sse” com o “-se”, porque ambas as formas existem na nossa língua e soam iguais, mas “-mos” não existe, portanto nem faz qualquer sentido que se use.

Aliás, ao fim destes anos todos, nem sei se esta é a primeira vez que escrevo sobre o assunto, de tal forma me irrita. Hoje em dia, com a proliferação dos blogs e respectivos comentários, a coisa só piora; ao ler um post sobre o jogo do Benfica com os alemães deparei com este comentário: “se jogar-mos tao bem como com a naval.talves leve-mos 4.”

Claro que falta um til em “tão” e talvez seja com “z”, mas… “jogar-mos?! “leve-mos”?!

*suspiro*

[tags]português, língua, escrita, gramática[/tags]

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13 comentários a ““-mos” NÃO EXISTE!”

  1. Nmerdas says:

    A mim ensinaram-me uma mnemónica simples para isso:

    MOS sempre junto
    -NOS sempre separado.

    a excepção confirma a regra.

  2. JP Velhote says:

    Aviso. Vem aí um comentário parvo. Se o Pedro o aprovar, a responsabilidade é toda dele.

    Tens razão, mas o ‘-mos’ existe.
    E aplica-se em casos como “chupa-mos”. Agradeço correcção.

    O “chuparrmos” é Futuro do Conjuntivo ao passo que ‘chupa-mos’ é Imperativo com o pronome clítico ‘-mos’, resultado da contracção dos pronomes ‘me’ com ‘os’.

    Não existe é a aplicação de clíticos com o infinitivo. Aí sim, é um erro e este blogue escreve Bom Português™.

  3. Macaco says:

    Pronto, já esperava isto :-)

    É verdade, eu exagerei, “-mos” é de facto a contracção de “me”, com “os”, como o tão amado “chupa-mos”, ou: “os teus, glúteos… mostra-mos!”

    Mas pronto, eu ponho um disclaimer. :-)

  4. Tangerina says:

    Julgo que o sufixo -mos existe, mas é usado muito raramente. Os exemplos que apontaste de facto são pontapés à gramática, pois são formas verbais e devem ser escritas sempre sem separação. Mas há ocasiões em que o “-mos” está correcto, isto é, há pelo menos uma ocasião, que é quando nos referimos a objectos ou coisas. Por exemplo: Dá-mos (os livros, os cadernos, o que seja…)em oposição a “damos”…calinadas por exemplo :)

  5. Macaco says:

    Tangerina: sim, tal como referido pelo JP Velhote e por mim próprio nos comentários e no disclaimer entretanto acrescentado ao post.

  6. Susana says:

    Hehehe, já calculava o mar de protestos nos comentários…Ainda bem que acrescentaste o disclaimer!
    Mas a essência do post está lá: os pontapés na gramática. Também me irritam profundamente…
    Aliás, mais do que na Internet, irrita-me ver a quantidade de colegas minhas da ESE (Escola Superior de Educação) que usam botas de biqueira de aço para pontapear a gramática… (sim, falamos de futuros professores…)

  7. Macaco says:

    Uau, professores… pois. Mas não me admira: como não me canso de referir, sempre tive a noção de saber mais inglês do que os meus professores de inglês do liceu.

    E se “fize-se-mos” um protesto?!

  8. EncephaloN says:

    NERVOS?!
    Só se for pela frustração de não perceber português.

    A forma envia-mos contém o pronome pessoal átono mos, que resulta da contracção do pronome pessoal da primeira pessoa do singular me com o pronome demonstrativo masculino plural os); esta contracção está posposta a uma forma verbal que pode corresponder à terceira pessoa do singular do presente do indicativo (ex. ele envia-mos = ele envia os livros a mim) ou à segunda pessoa do singular do imperativo afirmativo (ex. tu, envia-mos = tu, envia os livros a mim).

    Vejam os links e comprovem vocês mesmos:

    http://www.flip.pt/tabid/325/Default.aspx?DID=2106
    http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=21538
    http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=12956
    http://216.55.136.163/pergunta.php?id=22477

    Ainda com muitos nervos?!

    • Tanto gasto de palavras, hein? Não bastava ter lido o que eu escrevi? Ou não está claro o suficiente?

      Ou simplesmente estavas cheio de vontade de fazer este comentário todo pimpão?

      Adoro pessoas que lêem as duas primeiras palavras e partem par a caixa de comentários sem ler: a) o post completo; b) todos os comentários já colocados.

      Postar um comentário destes só para picar é completamente inútil e acaba por ser uma perda de tempo para quem o escreve. Mais valia teres escrito um post sobre o assunto no teu blog.

      • EncephaloN says:

        Comentário todo pimpão?!
        O teu post é que foi desnecessário! E o não foi um comentário para picar, foi à altura do teu post, pois esse teu stress foi todo em vão…como tu já deste conta!
        Tu é que, indirectamente, insultaste as pessoas que usam os “-mos”! Mas se te sentiste picado…
        E realmente foi mesmo perda de tempo vir aqui gastar palavras…
        Vou para o meu blog fazer um post sobre o teu “hein”!

Responder a Susana

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